quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A modernidade líquida

Um Olhar de fé:
............Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês nascido em 1925, que iniciou carreira na Universidade de Varsóvia. Publicou mais de quarenta livros, entre os quais Modernidade Líquida. O termo é novo, pois o livro foi publicado no ano de 2001, na virada do milênio. É o grande pensador da atualidade.
............O título da obra decorre da modernidade da sociedade que avança em vários sentidos, porém, questionável em suas atitudes e o seu contexto enquanto sociedade. A liquidez, a qual Bauman propõe vem do fato que os líquidos não têm uma forma, ou seja, são fluídos que se moldam conforme o recipiente nos quais estão contidos, diferentemente dos sólidos que são rígidos e precisam sofrer uma tensão de forças para moldar-se a novas formas.
............Modernidade líquida é um conceito para nossa atualidade incapaz de manter a forma. As relações, instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar. Nesse contexto, as vidas humanas são transformadas em objetos de consumo. O ser humano deixa de ser sujeito e passa a ser objeto na relação de compra e venda.
............O ser humano, ancorado no discurso consumista, vive a sua vida sem se questionar sobre o que realmente acontece à sua volta. Vive-a como espectador, não como protagonista. E num ambiente como o atual, o consumo aparece como resposta à satisfação das ansiedades dos indivíduos.
............Para Bauman, a nossa assim chamada pós-modernidade se caracteriza, antes de tudo, pela perda de solidez das antigas instituições, tradições e convicções. E aí surgem os efeitos negativos: as antigas organizações sociais mais estáveis dissolveram-se e as novas não oferecem a mesma estabilidade, pois elas “decompõem-se mais rápido que o tempo que leva para moldá-las”. Da mesma forma, as instituições tradicionais e os padrões comuns de comportamento perderam sua capacidade de pautar as normas individuais, pois tudo “se dissolve” no grande “viveiro de incertezas” que marca nossa modernidade avançada.

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