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Papa Francisco instituiu o Domingo antes da Festa de Cristo Rei, como o Dia
Mundial dos Pobres. A temática deste ano emerge da frase bíblica do Salmo 34,
7: “Este pobre pediu socorro e o Senhor o ouviu, libertou-o de suas
angústias”. O salmo afirma que o Senhor escuta os pobres, aqueles
que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de erguer os
olhos para as alturas, para receber luz e conforto, pois sabem que têm em Deus
o seu Salvador.
O salmo caracteriza, com três
verbos, a atitude do pobre e a sua relação com Deus: gritar, responder e libertar. A
condição de pobreza torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus.
Este grito deveria ecoar também em nossos ouvidos, tantas vezes indiferentes e
impassíveis. O Papa convida a um exame de consciência em relação às formas de
ajuda aos pobres, sem compromisso direto com a mudança de sua vida: “Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de
meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para satisfazer a nós mesmos
do que para acolher realmente o grito do pobre”.
O segundo verbo é responder. O Senhor não só escuta o grito do pobre, mas
também lhe responde. A resposta de Deus é sempre uma intervenção de salvação
para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar
o pobre a recuperar uma vida digna. O dia mundial dos pobres pode ser uma gota
de água no deserto da pobreza, contudo, torna-se sinal de partilha com os
necessitados para sentirem a presença de um irmão e de uma irmã que procura o
seu bem.
O terceiro verbo é libertar. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder
da intervenção de Deus: “Cada cristão e cada comunidade
são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos
pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade” (EG
187).
Com o Evangelho da cura de Bartimeu
(Mc 10, 46-52), Francisco lembra que há muitos pobres que também esperam por
alguém que se aproxime deles e diga: “Coragem! Levanta-te, que Ele
está a chamar-te”. Infelizmente, muitos condenam os pobres e os
consideram como gente que deve ser rejeitada e mantida longe: “Há uma tendência a criar distância entre nós e eles, e não nos
damos conta que, deste modo, nos tornamos distantes do Senhor Jesus que não os
rejeita”.
Francisco valoriza os gestos de amor
e salvação para com os mais necessitados em todas as partes do mundo: “São inúmeras as iniciativas que, todos os dias, a comunidade
cristã leva a cabo para dar um sinal de proximidade e de conforto às muitas
formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos”. Os verdadeiros
protagonistas da conversão e da caridade devem ser o Senhor e os pobres. Quem
se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus para fazer reconhecer a sua
presença e a sua salvação. (inspirado em
Dom Aloísio
A. Dilli, Bispo de Santa Cruz do Sul)
Sempre é tão bom refletir postagens. É uma riqueza muito grande.
ResponderExcluirQue Deus o fortaleça sempre.