terça-feira, 31 de março de 2020

Estamos no mesmo barco,
sem espaço para egoísmo e individualismo

Chegou o outono, esperançando a primavera que virá!
Nenhuma noite, por mais escura e longa que seja, dura para sempre...
Todas as noites, também as longas e escuras, estão grávidas do amanhecer! Esperancemos, pois temos um longo caminho a percorrer!

Não permitamos que o medo nos aprisione e paralise...

A COMPAIXÃO É O SERVIÇO MAIS ESSENCIAL!

Não pode haver espaço para o egoísmo e o individualismo: estamos no mesmo barco. Este é o momento para viver e mostrar solidariedade, uma oportunidade para sentirmo-nos cidadãos do mundo e membros da única família que é a humanidade.
Escrevo sobre a situação causada pelo coronavírus no mundo, pensando no bem comum e na saúde de todos.
Neste contexto, as regras colocadas devem ser observadas não por medo, mas por amor. Devemos agir respeitando estritamente as regras para não infectar os outros, ou seja, por amor aos outros. Devemos pensar no bem de todos. A suspensão dos encontros e da Missa dominical devem ser vistos como um ato de solidariedade por toda a humanidade e como um gesto de amor ao próximo, aos nossos vizinhos, aos nossos colegas.

Esta Quaresma que estamos vivendo nos convida a um jejum ao qual nunca havíamos pensado: a privação involuntária da Eucaristia. Mas tudo isso pode literalmente levar ao convite de Jesus em relação à oração onde ele diz: "Quando orardes, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo".

O coronavírus nos recorda que somos mortais, que somos fracos, que o homem não é onipotente, que a tecnologia e a ciência não podem resolver tudo.
É uma lição de humildade para todos, pois o vírus não respeita fronteiras e não faz distinção entre um país e outro. E as medidas que um país toma têm repercussões imediatas em outros, na economia mundial, no comércio e nas comunicações. Não há espaço para o egoísmo e o individualismo: estamos no mesmo barco.

        Não devemos acreditar que o coronavírus seja um castigo de Deus, seria uma blasfêmia. Não responsabilizemos Deus por aquilo que é nossa responsabilidade, responsabilidade do nosso modo de vida, do nosso modo de agir.

           Retornemos a Deus na oração, para pedir a Ele que nos liberte desse flagelo, mas assumindo nossas responsabilidades. A pandemia nos faz parar, nos obriga a ficar em casa, nos dá tempo para nós mesmos e para a família. Mas o importante é viver tudo isso no contexto da fé.

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