terça-feira, 10 de abril de 2018

Fake News está na moda


           A palavra da moda agora é fake news, literalmente “notícia falsa”. Segundo o site Wikipédia é usado para se referir a notícias fabricadas. O termo fake news originou-se nos meios tradicionais de comunicação, mas já se espalhou para mídia online. Este tipo de notícia, encontrada em meios tradicionais, mídias sociais ou sites de notícias falsas, não tem nenhuma base na realidade, mas é apresentado como sendo factualmente corretas. A intenção e o propósito por trás da notícias falsas é importante

 O uso de WhatsApp no Brasil é incrivelmente alto. É ali que se espalham as “verdadeiras lendas”, tanto na área política como nas demais, trazendo notícias falsas como sendo verdadeiras, que logo se espalham. Um exemplo: Papa Francisco, em menos de um mês, já passou por duas cirurgias, e agora está novamente hospitalizado e deve passar por um novo procedimento. Vamos rezar mil Ave-Marias pela saúde de nosso Papa. As pessoas que recebem, nem fazem qual raciocínio ou juízo e já repassam para um maior número de amigos virtuais, querendo ser os primeiros a passar adiante esta “grande novidade”.

 Nos Estados Unidos, especialistas apontaram as notícias falsas como peça fundamental para a vitória do presidente Donald Trump nas eleições de 2016. A preocupação se espalhou mundo afora – e chegou ao Brasil. Segundo especialistas, serão elas que irão influenciar nessas eleições

 Como enfrentar este grande perigo? Os especialistas dizem que a sociedade deve fazer esforço coletivo pela alfabetização digital, pois ela é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que as chamadas fake news tumultuem o debate público, como ocorreu na corrida eleitoral americana e na votação pela saída do Reino Unido da União Europeia.

 “Tem de vir da grande imprensa, do professor, da família, de todos os lados”, diz a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila, que realiza checagem de informações do noticiário brasileiro. “Até porque não há nenhum sinal de que a produção de notícias falsas vai diminuir.” Para ela, o entendimento sobre como o noticiário é produzido deve ser uma prioridade no combate às fake news.

A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de- escolaridade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7.804 alunos dos ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.                                                                                                                                                                 
Devemos ficar atentos porque os fake news vão começar a se multiplicar. Precisamos ativar o nosso “desconfiômetro virtual” e não cair nas pegadinhas. Não curtir tudo e muito menos compartilhar. Às vezes é melhor deletar do que se afobar e ser mais um “fakenewsista”.

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