terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Bispo, servo de Deus


          A Diocese de Bagé acolhe, no dia dezesseis de dezembro, seu quinto bispo, nomeado no dia vinte e seis de setembro pelo Papa Francisco. Ele escolheu como lema do seu ministério episcopal Eu vim para servir. D. Cleonir Paulo Dalbosco inspirou-se no evangelho de Marcos, capítulo dez, versículo quarenta e cinco, para escolher seu lema e propósito de sua missão.
          O lema sempre traz embutido uma proposta de vida e de missão. Recordemos os lemas dos outros quatro bispos de Bagé. D. José Gomes, natural de Erexim, que ficou como bispo de 1961 a 1968, tinha como lema Amar um ao outro. D. Ângelo Feliz Mugnol, natural de Farroupilha (Caravagio), bispo de 1969 a 1982, escolheu para seu ministério Fiz-me servo. D. Laurindo Guizzardi, religioso carlista, de Nova Bassano, terceiro bispo diocesano, Tudo pelos eleitos. D. Gilio Felicio, nosso quarto bispo, nascido em Sério, escolheu Evangelizar a todos.
           O Papa Francisco fala em três características essenciais que devem fazer parte da vocação de um bispo: ser homem de oração, de anúncio e de comunhão.

            A seguir, três características essenciais de um bispo descritas pelo Papa:
1. Homem de oração
            O Santo Padre explicou que um bispo é sucessor dos Apóstolos e, como os Apóstolos, é chamado por Jesus a estar com Ele, por isso, “diante do tabernáculo aprende a entregar-se e a confiar no Senhor”, porque é onde “encontra a sua força e a sua confiança”.
            “Assim amadurece n’ele a consciência de que também de noite, quando dorme, em meio ao cansaço e suor no campo que cultiva, a semente amadurece.  A oração para o bispo não é uma devoção, mas uma necessidade; não é mais uma tarefa entre outras, mas um ministério de intercessão indispensável".

2. Homem de anúncio
            O bispo, sucessor dos Apóstolos, “recebe como próprio o mandato que Jesus deu a eles: ‘Ide e anunciai o Evangelho’”.
            “‘Ide’: o Evangelho não se anuncia estando sentado, mas pondo-se em caminho. O bispo não vive em escritório, como um administrador empresarial, mas no meio do povo, pelas estradas do mundo, como Jesus. Leva o seu Senhor onde não é conhecido, onde é desfigurado e perseguido”.

3. Homem de comunhão
              O bispo é homem de comunhão. “Ele não pode ter todos os dons, o conjunto dos carismas, mas é chamado a ter o carisma do conjunto, ou seja, a manter unidos, a cimentar a comunhão”. “A Igreja precisa de união, não de solistas fora do coro ou de condutores de batalhas pessoais. O Pastor reúne: bispo para seus fiéis, é cristão com seus fiéis. Não faz notícia nos jornais, não busca o consenso do mundo, não tem interesse em tutelar o seu bom nome, mas ama tecer a comunhão”.
            “Não sofre de falta de protagonismo, mas vive radicado no território, rejeitando a tentação de ausentar-se frequentemente da Diocese e foge da busca de glórias para si”, acrescentou o Papa.
           "Portanto, sejam homens pobres em bens, ricos em relações, nunca sejam duros e resmungões, mas afáveis, pacientes, simples e abertos".




 

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