A Diocese de Bagé acolhe, no dia
dezesseis de dezembro, seu quinto bispo, nomeado no dia vinte e seis de
setembro pelo Papa Francisco. Ele escolheu como lema do seu ministério
episcopal Eu vim para servir. D. Cleonir
Paulo Dalbosco inspirou-se no evangelho de Marcos, capítulo dez, versículo
quarenta e cinco, para escolher seu lema e propósito de sua missão.
O lema
sempre traz embutido uma proposta de vida e de missão. Recordemos os lemas dos
outros quatro bispos de Bagé. D. José Gomes, natural de Erexim, que ficou como
bispo de 1961 a 1968, tinha como lema Amar um ao outro. D. Ângelo Feliz Mugnol,
natural de Farroupilha (Caravagio), bispo de 1969 a 1982, escolheu para seu
ministério Fiz-me servo. D. Laurindo
Guizzardi, religioso carlista, de Nova Bassano, terceiro bispo diocesano, Tudo pelos eleitos. D. Gilio Felicio,
nosso quarto bispo, nascido em Sério, escolheu Evangelizar a todos.
O Papa Francisco
fala em três características essenciais que devem fazer parte da vocação de um
bispo: ser homem de oração, de anúncio e de comunhão.
A seguir, três características essenciais de um bispo
descritas pelo Papa:
1. Homem de oração
O Santo Padre explicou que um bispo é sucessor dos
Apóstolos e, como os Apóstolos, é chamado por Jesus a estar com Ele, por isso,
“diante do tabernáculo aprende a entregar-se e a confiar no Senhor”, porque é
onde “encontra a sua força e a sua confiança”.
“Assim amadurece n’ele a consciência de que também de
noite, quando dorme, em meio ao cansaço e suor no campo que cultiva, a semente
amadurece. A oração para o bispo não é uma devoção, mas uma necessidade;
não é mais uma tarefa entre outras, mas um ministério de intercessão
indispensável".
2. Homem de anúncio
O bispo, sucessor dos Apóstolos, “recebe como próprio o
mandato que Jesus deu a eles: ‘Ide e anunciai o Evangelho’”.
“‘Ide’: o Evangelho não se anuncia estando sentado, mas
pondo-se em caminho. O bispo não vive em escritório, como um administrador
empresarial, mas no meio do povo, pelas estradas do mundo, como Jesus. Leva o
seu Senhor onde não é conhecido, onde é desfigurado e perseguido”.
3. Homem de comunhão
O bispo é homem de comunhão. “Ele não pode ter todos os
dons, o conjunto dos carismas, mas é chamado a ter o carisma do conjunto, ou
seja, a manter unidos, a cimentar a comunhão”. “A Igreja precisa de união, não
de solistas fora do coro ou de condutores de batalhas pessoais. O Pastor reúne:
bispo para seus fiéis, é cristão com seus fiéis. Não faz notícia nos jornais,
não busca o consenso do mundo, não tem interesse em tutelar o seu bom nome, mas
ama tecer a comunhão”.
“Não sofre de falta de protagonismo, mas vive radicado no
território, rejeitando a tentação de ausentar-se frequentemente da Diocese e
foge da busca de glórias para si”, acrescentou o Papa.
"Portanto, sejam homens pobres em bens, ricos em
relações, nunca sejam duros e resmungões, mas afáveis, pacientes, simples e
abertos".
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