“Que tipo de mundo queremos deixar para aqueles
que vêm depois de nós, para as crianças que estão crescendo?”
A
Semana Laudato si’ faz parte de uma campanha global por ocasião do 5º
aniversário da Encíclica sobre o Cuidado da Casa comum. O tema da semana é “Tudo está conectado”. De 16 a 24 de
maio, os católicos são convidados a participar de seminários de formação
on-line, interativos e colaborativos.
Numa
mensagem de vídeo, divulgada recentemente, o Papa Francisco encoraja os fiéis a
participar e a pensar no futuro da nossa Casa comum. “Que tipo de mundo queremos deixar para aqueles que vêm depois de
nós, para as crianças que estão crescendo?” A partir dessa pergunta, o Papa
renova seu “apelo urgente a fim de responder à crise ecológica, ao grito da
terra e ao grito dos pobres que não podem mais esperar. Cuidemos da criação,
presente do nosso bom Deus criador. Celebremos juntos a Semana Laudato si’. Que
Deus os abençoe e não se esqueçam de rezar por mim”, afirma o Papa.
Os
ensinamentos da Encíclica são particularmente relevantes no contexto atual da
pandemia de coronavírus, que parou muitas partes do mundo. A Laudato si’
oferece a visão de construir um mundo mais justo e sustentável. “A pandemia”,
sublinha o diretor da Caritas Italiana, dom Francesco Soddu, “afetou todos os
lugares e nos ensina que somente com o compromisso de todos podemos nos
levantar e vencer também o vírus do egoísmo social com os anticorpos da
justiça, caridade e solidariedade, para sermos construtores de um mundo mais
justo e sustentável, de um desenvolvimento humano integral que não deixa
ninguém para trás”.
“Em
particular”, acrescenta dom Soddu”, “essa pandemia pode ser uma oportunidade
para arraigar o nosso futuro no valor da fraternidade.
A teóloga britânica Celia Deane-Drummond escreve: "A Covid-19 está
ensinando ao gênero humano lições
importantes que ele aprendeu pela primeira vez no crisol
do seu surgimento inicial no tempo profundo. Nossas vidas estão emaranhadas
entre si e com as outras espécies, e essa é a fonte da nossa força singular,
mas também da nossa
vulnerabilidade. Honraremos melhor aqueles que sofreram e
morreram ao aprendermos a levar muito mais a sério a nossa interconectividade
com Deus, entre nós e com as outras criaturas".
O que mais se ouve falar e perguntar é:
“Quando voltaremos ao normal?”. E a resposta deve ser: “Não podemos voltar ao
normal, se por normal entendemos o tipo de vida que tínhamos até agora”.
Ou o mundo muda, ou vamos todos
morrer! Precisamos refazer conceitos, atitudes e relações. Que a pandemia nos
ajude a refletir sobre que tipo de mundo queremos, que sociedade sonhamos e que
passos podemos dar para construí-la.
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