segunda-feira, 18 de maio de 2020

Tudo está conectado


Que tipo de mundo queremos deixar para aqueles que vêm depois de nós, para as crianças que estão crescendo?”

 A Semana Laudato si’ faz parte de uma campanha global por ocasião do 5º aniversário da Encíclica sobre o Cuidado da Casa comum. O tema da semana é “Tudo está conectado”. De 16 a 24 de maio, os católicos são convidados a participar de seminários de formação on-line, interativos e colaborativos.

 Numa mensagem de vídeo, divulgada recentemente, o Papa Francisco encoraja os fiéis a participar e a pensar no futuro da nossa Casa comum. “Que tipo de mundo queremos deixar para aqueles que vêm depois de nós, para as crianças que estão crescendo?” A partir dessa pergunta, o Papa renova seu “apelo urgente a fim de responder à crise ecológica, ao grito da terra e ao grito dos pobres que não podem mais esperar. Cuidemos da criação, presente do nosso bom Deus criador. Celebremos juntos a Semana Laudato si’. Que Deus os abençoe e não se esqueçam de rezar por mim”, afirma o Papa.
 Os ensinamentos da Encíclica são particularmente relevantes no contexto atual da pandemia de coronavírus, que parou muitas partes do mundo. A Laudato si’ oferece a visão de construir um mundo mais justo e sustentável. “A pandemia”, sublinha o diretor da Caritas Italiana, dom Francesco Soddu, “afetou todos os lugares e nos ensina que somente com o compromisso de todos podemos nos levantar e vencer também o vírus do egoísmo social com os anticorpos da justiça, caridade e solidariedade, para sermos construtores de um mundo mais justo e sustentável, de um desenvolvimento humano integral que não deixa ninguém para trás”.
“Em particular”, acrescenta dom Soddu”, “essa pandemia pode ser uma oportunidade para arraigar o nosso futuro no valor da fraternidade.

 A teóloga britânica Celia Deane-Drummond escreve: "A Covid-19 está ensinando ao gênero humano lições importantes que ele aprendeu pela primeira vez no crisol do seu surgimento inicial no tempo profundo. Nossas vidas estão emaranhadas entre si e com as outras espécies, e essa é a fonte da nossa força singular, mas também da nossa vulnerabilidade. Honraremos melhor aqueles que sofreram e morreram ao aprendermos a levar muito mais a sério a nossa interconectividade com Deus, entre nós e com as outras criaturas".

        O que mais se ouve falar e perguntar é: “Quando voltaremos ao normal?”. E a resposta deve ser: “Não podemos voltar ao normal, se por normal entendemos o tipo de vida que tínhamos até agora”.
       
       Ou o mundo muda, ou vamos todos morrer! Precisamos refazer conceitos, atitudes e relações. Que a pandemia nos ajude a refletir sobre que tipo de mundo queremos, que sociedade sonhamos e que passos podemos dar para construí-la.




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