“Senhora do Patrocínio, como filhos pedimos a
Vós: que sois no céu rainha, Mãe bendita rogai por nós.”
A
devoção à Nossa Senhora do Patrocínio chegou junto com os primeiros moradores,
depois de Pedro de Ansuateguy = Dom
Pedrito – que trouxeram com eles sua fé e suas devoções.
O mesmo
aconteceu com os imigrantes europeus que vieram para a América e com os
migrantes que vão para outras regiões. Os usos, costumes, tradições e devoções
são continuação de sua pátria e de sua família.
A
devoção à Nossa Senhora do Patrocínio foi trazida ao Brasil pela família
imperial de Dom João VI, em 1808, que veio ao Brasil com toda sua corte. Em
1755, no grande terremoto de Lisboa, os portugueses pediram o patrocínio de
Nossa Senhora, que livrou muita gente da morte. A partir desta data a sua divulgação
se espalhou e chegou ao Brasil. Hoje, em Portugal, é praticamente ausente a sua
devoção.
Ela é
bastante presente em São Paulo, Minas Gerais e Nordeste. No Rio Grande do Sul,
só temos conhecimento em Dom Pedrito. Em nenhum outro local conseguimos
visualizar a sua presença.
Pesquisando
na internet, descobrimos que “as origens da devoção a Nossa Senhora
do Patrocínio, remontam ao século 16. Nessa época a Espanha havia sido tomada
pelos mouros - árabes muçulmanos – que habitavam a Mauritânia.
Os espanhóis, em números reduzido para
enfrentar a multidão inimiga, confiaram no patrocínio (proteção, amparo,
auxílio) de Maria. A vitória dos cristãos foi atribuída à intercessão da
Virgem.
A crença na proteção de Maria se
difundiu tanto entre os espanhóis que o rei Fernando III recomendava a suas
tropas a colocação de uma imagem de Maria à frente dos cavalos. Quando
reconquistou Sevilha, ordenou que a imagem de Maria entrasse em carro triunfal
na cidade, para que lhe fossem atribuídas as vitórias e abençoasse a terra,
antes ocupada pelos bárbaros.
Mais tarde, o rei Felipe IV pediu ao
Papa Alexandre VII que expedisse uma bula, pela qual estabelecesse na Espanha
para sempre uma festa dedicada ao Patrocínio de Maria. Em 28 de julho de 1656,
o Papa publicou a bula Plaeclara Christianissimi, com essa finalidade.
A devoção espalhou-se por outros países
e, em 3 de agosto de 1725, o Papa Bento XIII determinou que sua festa fosse
celebrada nos Estados Pontifícios no segundo domingo de novembro.
Outro fato que fortaleceu a devoção a Nossa Senhora do
Patrocínio foi um terremoto ocorrido em Lisboa no dia 1º de novembro de 1755.
Depois da tragédia, o rei de Portugal – Dom José – pediu ao Papa Bento XIV que
instituísse duas novas festividades para o Reino e as Colônias: São Francisco
de Borja, que seria invocado contra os tremores de terra, e Nossa Senhora do
Patrocínio, pelo especial cuidado que teve com a pessoa do rei e sua família,
preservando os reinos da ruína total.” (Mariéle Prévidi – Revista Campo & Cidade).
“Senhora
do Patrocínio
Terna
Mãe do Senhor
Aqui
Também vossos filhos
Vem
ofertar seu amor”.
Suas reflexões lindas. Como é bom invocar Maria sabendo a origem dos títulos que lhe damos.
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