quinta-feira, 23 de julho de 2015

Um Olhar de Fé:
Olhar carinhoso

               Esta semana queremos olhar com carinho e gratidão para três realidades presentes muito forte e vivamente entre nós.
            Queremos olhar com carinho e gratidão para nossos avós, que celebram no dia de São e ser Joaquim e Santa Ana – pais de Maria e avós de Jesus – a sua data. Dizem que ser avô e avó é ser “pai e mãe com açúcar”. E vivemos numa época de maior longevidade, onde aumenta o tempo de convivência com nossos avós. Ser avô e avó é uma graça e uma bênção. Feliz a sociedade a família que cuida com carinho de seus avós e de seus anciãos.



            Queremos olhar com carinho e gratidão para nossos agricultores e trabalhadores rurais, que celebram no dia chegada dos primeiros colonos alemães ao Rio Grande do Sul – 25 de julho de 1824 – o seu dia. Como agricultor e filho de agricultor, sempre soube valorizar esta classe e reconheço que se tivermos uma agricultura forte e valorizada, teremos um país desenvolvido e sem fome. Não é fácil trabalhar nas lides campeiras. Todo dia, toda semana, 365 dias por ano, com chuva, com sol, no frio, no calor, sem perder o amor pela terra. Para eles e para todos, Papa Francisco nos diz: Continuai com a vossa luta e, por favor, cuidai bem da Mãe Terra”.



            Queremos olhar com carinho e gratidão para nossos motoristas, que celebram no dia de São Cristóvão – 25 de julho – a sua data. Cristóvão foi um homem que transportou pessoas, na humildade do servir. E ao transportar pessoas, transportava o próprio Cristo, que se identifica com cada um. Os motoristas transportam não só pessoas, mas alimentos e todo tipo de cargas e mercadorias, que servem sempre às pessoas.
            Nossa gratidão, carinho e reconhecimento aos nossos AVÓS, AGRICULTORES E MOTORISTAS.


Um Olhar de Fé:
O tempo e o barco

            Vivemos – mas nem todos – marcados pelo tempo que se mede pelo cronômetro: o relógio. Nem todos, porque em muitos lugares o tempo é outro.
            Assim é entre os povos indígenas e as circunstâncias da nossa Amazônia. O tempo não é medido pela pressa ou urgência, mas pelo ritmo das águas e da paciência.
            Uma experiência interessante é fazer uma viagem, de barco, pelos rios amazônicos. Eu fiz está jornada neste mês de julho. Subi o Rio Negro, maior afluente do Amazonas, que nasce na Colômbia e na Venezuela, seguindo de Manaus a São Gabriel da Cachoeira. São mais de mil quilômetros.



            Nosso barco era expresso – a jato. Para começar, saímos uma hora e meia depois da hora prevista. Lotação completa: 120 passageiros carregados de pertences e mercadorias.
            Era uma “barca de Noé”. Fomos nos conhecendo – tínhamos tempo. Uma professora da lingüística da USP (Universidade de São Paulo), que, acompanhada de dois alunos, iria fazer uma pesquisa de campo, numa das 23 línguas existentes na região que abrange a Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Um deles estava muito agitado e impaciente, porque seu tempo era o relógio.
            Uma família de americanos – casal e dois filhos entrando na adolescência – que estavam indo para implantar uma agência turística, ecológica, e, quiçá, chegar ao Pico Neblina. E estavam acompanhados por um cachorro, que vinha na suja gaiola, mas que teve que viajar em cima do barco.
            Uma mãe de Santa Catarina, acompanhada de seu jovem filho, engenheiro, que estavam indo visitar o outro filho, também engenheiro civil, que trabalha numa ONG no Alto Rio Negro.
Um jovem seminarista, mineiro, religiosos dos Missionários do Sagrado Coração, que estava indo para fazer uma experiência de seis meses em terra de missão.






Um militar, voltando das férias e retornando ao seu trabalho na Brigada das Selvas, Alguns funcionários públicos e muitos moradores, na quase totalidade indígenas, que iam para Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, os três únicos municípios desta que é a diocese mais indígena do Brasil, evangelizados pelos salesianos, cuja população é de 95% de várias etnias. Claro, e nós dois padres gaúchos, ambos com experiência amazônica – um no Xingu, nos começos da transamazônica, e eu com passagem em Roraima, no outro lado da linha do Equador.
O tempo foi sendo saboreado, vivenciado com muitas conversas, contemplação da natureza. O Rio Negro, com suas águas escuras, cheio, com suas correntezas que tínhamos que vencer. A floresta, algumas povoações ribeirinhas de vez quando, e o inesquecível nascer e pôr do sol, que contemplei na proa do barco, que me fez dizer como o Papa Francisco: Louvado seja, meu Senhor!
E depois de trinta e duas horas, vencemos a distância. Chegamos próximo da meia-noite, de lua cheia, no porto. Apenas oito horas a mais do previsto!



E carinhosamente esperados e acolhidos. Pena que o tempo foi curto para permanecermos ali. E a volta foi apressada, nas asas de um táxi aéreo, que venceu esta distância em pouco menos de duas horas e meia. Bendito o tempo que nos faz contemplar as maravilhas do Criador!

Olhar carinhoso

Um Olhar de Fé:
............Esta semana queremos olhar com carinho e gratidão para três realidades presentes muito forte e vivamente entre nós.
............Queremos olhar com carinho e gratidão para nossos avós, que celebram no dia de São Joaquim e Santa Ana – pais de Maria e avós de Jesus – a sua data. Dizem que ser avô e avó é ser “pai e mãe com açúcar”. E vivemos numa época de maior longevidade, onde aumenta o tempo de convivência com nossos avós. Ser avô e avó é uma graça e uma bênção. Feliz a sociedade a família que cuida com carinho de seus avós e de seus anciãos.
............Queremos olhar com carinho e gratidão para nossos agricultores e trabalhadores rurais, que celebram no dia chegada dos primeiros colonos alemães ao Rio Grande do Sul – 25 de julho de 1824 – o seu dia. Como agricultor e filho de agricultor, sempre soube valorizar esta classe e reconheço que se tivermos uma agricultura forte e valorizada, teremos um país desenvolvido e sem fome. Não é fácil trabalhar nas lides campeiras. Todo dia, toda semana, 365 dias por ano, com chuva, com sol, no frio, no calor, sem perder o amor pela terra. Para eles e para todos, Papa Francisco nos diz: “Continuai com a vossa luta e, por favor, cuidai bem da Mãe Terra”.
............Queremos olhar com carinho e gratidão para nossos motoristas, que celebram no dia de São Cristóvão – 25 de julho – a sua data. Cristóvão foi um homem que transportou pessoas, na humildade do servir. E ao transportar pessoas, transportava o próprio Cristo, que se identifica com cada um. Os motoristas transportam não só pessoas, mas alimentos e todo tipo de cargas e mercadorias, que servem sempre às pessoas.
............Nossa gratidão, carinho e reconhecimento aos nossos AVÓS, AGRICULTORES E MOTORISTAS.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O tempo e o barco


............Vivemos – mas nem todos – marcados pelo tempo que se mede pelo cronômetro: o relógio. Nem todos, porque em muitos lugares o tempo é outro.
Assim é entre os povos indígenas e as circunstâncias da nossa Amazônia. O tempo não é medido pela pressa ou urgência, mas pelo ritmo das águas e da paciência.
............Uma experiência interessante é fazer uma viagem, de barco, pelos rios amazônicos. Eu fiz está jornada neste mês de julho. Subi o Rio Negro, maior afluente do Amazonas, que nasce na Colômbia e na Venezuela, seguindo de Manaus a São Gabriel da cachoeira. São mais de mil quilômetros.
............Nosso barco era expresso – a jato. Para começar, saímos uma hora e meia depois da hora prevista. Lotação completa: 120 passageiros carregados de pertences e mercadorias.
............Era uma “barca de Noé”. Fomos nos conhecendo – tínhamos tempo. Uma professora da lingüística da USP (Universidade de São Paulo), que, acompanhada de dois alunos, iria fazer uma pesquisa de campo, numa das 23 línguas existentes na região que abrange a Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Um deles estava muito agitado e impaciente, porque seu tempo era o relógio.
............Uma família de americanos – casal e dois filhos entrando na adolescência – que estavam indo para implantar uma agência turística, ecológica, e, quiçá, chegar ao Pico Neblina. E estavam acompanhados por um cachorro, que vinha na suja gaiola, mas que teve que viajar em cima do barco.
............Uma mãe de Santa Catarina, acompanhada de seu jovem filho, engenheiro, que estavam indo visitar o outro filho, também engenheiro civil, que trabalha numa ONG no Alto Rio Negro.
............Um jovem seminarista, mineiro, religiosos dos Missionários do Sagrado Coração, que estava indo para fazer uma experiência de seis meses em terra de missão.
............Um militar, voltando das férias e retornando ao seu trabalho na Brigada das Selvas, Alguns funcionários públicos e muitos moradores, na quase totalidade indígenas, que iam para Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, os três únicos municípios desta que é a diocese mais indígena do Brasil, evangelizados pelos salesianos, cuja população é de 95% de várias etnias. Claro, e nós dois padres gaúchos, ambos com experiência amazônica – um no Xingu, nos começos da transamazônica, e eu com passagem em Roraima, no outro lado da linha do Equador.
............O tempo foi sendo saboreado, vivenciado com muitas conversas, contemplação da natureza. O Rio Negro, com suas águas escuras, cheio, com suas correntezas que tínhamos que vencer. A floresta, algumas povoações ribeirinhas de vez quando, e o inesquecível nascer e pôr do sol, que contemplei na proa do barco, que me fez dizer como o Papa Francisco: Louvado seja, meu Senhor!
............E depois de trinta e duas horas, vencemos a distância. Chegamos próximo da meia-noite, de lua cheia, no porto. Apenas oito horas a mais do previsto!
............E carinhosamente esperados e acolhidos. Pena que o tempo foi curto para permanecermos ali. E a volta foi apressada, nas asas de um táxi aéreo, que venceu esta distância em pouco menos de duas horas e meia.
............Bendito o tempo que nos faz contemplar as maravilhas do Criador!

terça-feira, 7 de julho de 2015

Fazer o bem ou estar bem?


Um Olhar de Fé:
............Nossa sociedade exige cada vez mais das pessoas o consumo, para que possam estar bem. Consumir tornou-se sinônimo de “bem viver”. Será?
............Dom Luciano de Almeida costumava dizer que o importante não é estar bem, mas fazer o bem. E citava o exemplo de Jesus, do qual Pedro fala nos Atos dos Apóstolos “que passou pelo mundo fazendo o bem”. Ele nem sempre esteve bem: sofreu, padeceu, não tinha muitas vezes nem um travesseiro para reclinar a cabeça. Mas só fez o bem.
............Aqui está o segredo da verdadeira felicidade e do ser feliz. Quem só busca “o estar bem”, muitas vezes de maneira egoísta, sem pensar nos outros, se dana e acaba magoando os outros e construindo a sua própria infelicidade. Ninguém é feliz sem fazer a felicidade. Ninguém se salva se não salva os outros.
............A corrida pelo hedonismo, onde o prazer é a grande meta, é a busca de muitas pessoas. Ou a corrida pelo dinheiro, pelas coisas, pelo ter. E outros ainda pelo poder, por cargos, carreiristas da ilusão de que o status trazem privilégios e felicidades, sempre procurando ter, e não ser.
............Alguém poderá estar pensando: mas então, mesmo que eu não esteja tão bem, mas faça o bem e a felicidade dos outros, isso basta? Sim, com certeza. Quem descobre esta verdade, será verdadeira e imensamente feliz. Senão olhemos para os exemplos de nossas mães e de nossos pais. Eles nunca buscam o próprio bem estar pelo bem estar, mas sempre pensam nos filhos.
............Não basta estar bem. É preciso fazer o bem!