quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Natal é acolher, dialogar, cuidar e encontrar

Natal é vida que nasce,
Natal é Cristo que vem,
Nós somos o seu presépio,
A nossa a casa é Belém

            O natal é a celebração do Deus que, em Jesus, assume a carne humana. A condição humana – frágil, limita e mortal – se torna lugar de manifestação de Deus. Ele fez sua morada entre nós, na carne de um ser humano.
            O natal manifesta a determinação de Deus em querer encontrar o ser humano na sua fragilidade, propondo uma forma de acolher e cuidar de cada pessoa em sua singularidade e dignidade.
            Natal é acolher! Deus não desiste dos homens e por isso sempre encontra meios de bater a nossa porta. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa” (Ap 3,21). Em tempos de insegurança temos medo de abrir as portas e isto pode impedir de acolher o Senhor que quer habitar em nossa casa, fazer refeição conosco e oferecer a salvação. São tantas as batidas em nossas portas: telefone, whatsApp, vendedores… Abrir a porta requer atitudes de discernimento, acolhida e hospitalidade.
            Natal é dialogar! Deus, para realizar o seu projeto de amor, recebeu a acolhida de Maria. Inicia um diálogo com ela que termina com as palavras de Maria “Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). O diálogo requer escuta, argumentação, proposição e respeito entre os dialogantes. O diálogo possibilita conhecer as pessoas e criar laços de solidariedade e amizade. O contrário do diálogo são os fundamentalismos. Que aprendamos a dialogar com Deus e as pessoas.
            Natal é cuidar! Todas as criaturas necessitam de cuidado. O ser humano com a sua criatividade e inteligência tem uma imensa capacidade de desenvolver meios de cuidado e de destruição. Ao mesmo tempo em que assistimos imensos avanços na medicina para cuidar da vida, assistimos o desenvolvimento de tecnologias que geram a morte. “Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa” (Mt 1,24). Deus restabelece a confiança de José em Maria e ele passa a cuidar de Maria e de Jesus. Cuidar uns dos outros é sinal de escuta da vontade de Deus.
            Natal é encontrar“Encontrarão um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12). Os pastores, em sua simplicidade, acolheram a mensagem do anjo e foram ao encontro do Deus menino, deitado na manjedoura. Só o encontraram por que abriram a porta da sua vida e assim estabeleceram um diálogo.

            “Vem Senhor Jesus, o mundo precisa de ti!”
            Feliz e abençoado natal a todas e todos. Com Cristo Jesus!


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Bispo, servo de Deus


          A Diocese de Bagé acolhe, no dia dezesseis de dezembro, seu quinto bispo, nomeado no dia vinte e seis de setembro pelo Papa Francisco. Ele escolheu como lema do seu ministério episcopal Eu vim para servir. D. Cleonir Paulo Dalbosco inspirou-se no evangelho de Marcos, capítulo dez, versículo quarenta e cinco, para escolher seu lema e propósito de sua missão.
          O lema sempre traz embutido uma proposta de vida e de missão. Recordemos os lemas dos outros quatro bispos de Bagé. D. José Gomes, natural de Erexim, que ficou como bispo de 1961 a 1968, tinha como lema Amar um ao outro. D. Ângelo Feliz Mugnol, natural de Farroupilha (Caravagio), bispo de 1969 a 1982, escolheu para seu ministério Fiz-me servo. D. Laurindo Guizzardi, religioso carlista, de Nova Bassano, terceiro bispo diocesano, Tudo pelos eleitos. D. Gilio Felicio, nosso quarto bispo, nascido em Sério, escolheu Evangelizar a todos.
           O Papa Francisco fala em três características essenciais que devem fazer parte da vocação de um bispo: ser homem de oração, de anúncio e de comunhão.

            A seguir, três características essenciais de um bispo descritas pelo Papa:
1. Homem de oração
            O Santo Padre explicou que um bispo é sucessor dos Apóstolos e, como os Apóstolos, é chamado por Jesus a estar com Ele, por isso, “diante do tabernáculo aprende a entregar-se e a confiar no Senhor”, porque é onde “encontra a sua força e a sua confiança”.
            “Assim amadurece n’ele a consciência de que também de noite, quando dorme, em meio ao cansaço e suor no campo que cultiva, a semente amadurece.  A oração para o bispo não é uma devoção, mas uma necessidade; não é mais uma tarefa entre outras, mas um ministério de intercessão indispensável".

2. Homem de anúncio
            O bispo, sucessor dos Apóstolos, “recebe como próprio o mandato que Jesus deu a eles: ‘Ide e anunciai o Evangelho’”.
            “‘Ide’: o Evangelho não se anuncia estando sentado, mas pondo-se em caminho. O bispo não vive em escritório, como um administrador empresarial, mas no meio do povo, pelas estradas do mundo, como Jesus. Leva o seu Senhor onde não é conhecido, onde é desfigurado e perseguido”.

3. Homem de comunhão
              O bispo é homem de comunhão. “Ele não pode ter todos os dons, o conjunto dos carismas, mas é chamado a ter o carisma do conjunto, ou seja, a manter unidos, a cimentar a comunhão”. “A Igreja precisa de união, não de solistas fora do coro ou de condutores de batalhas pessoais. O Pastor reúne: bispo para seus fiéis, é cristão com seus fiéis. Não faz notícia nos jornais, não busca o consenso do mundo, não tem interesse em tutelar o seu bom nome, mas ama tecer a comunhão”.
            “Não sofre de falta de protagonismo, mas vive radicado no território, rejeitando a tentação de ausentar-se frequentemente da Diocese e foge da busca de glórias para si”, acrescentou o Papa.
           "Portanto, sejam homens pobres em bens, ricos em relações, nunca sejam duros e resmungões, mas afáveis, pacientes, simples e abertos".




 

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Advento


       Advento é uma palavra que na cultura antiga tinha o significado de visita solene de um personagem importante. Para os cristãos lembra a vinda gloriosa do Cristo no fim dos tempos.
           De acordo com as Normas do Ano Litúrgico, “o tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades de Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (NALC 39).
             Segundo a tradição da liturgia, esta piedosa e alegre expectativa se desenvolve durante quatro semanas. Seu suporte, como em todos os tempos litúrgicos, são os domingos.

       Entre a celebração da primeira vinda e a expectativa da segunda acontece uma vinda intermediária. Cristo vem até nós de forma misteriosa, principalmente, através de sua Palavra, dos Sacramentos e dos irmãos e das irmãs, especialmente daqueles mais empobrecidos e excluídos. Este dado da fé tem sua explicitação bem clara no II Prefácio do Advento: “Agora e em todos os tempos, ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz realização do seu Reino”. Mais que a vinda de Cristo, nós esperamos a chegada de seu Reino. João Batista, tentando preparar o povo judeu para a vinda do Messias, pregava a proximidade do Reino: “Arrependam-se, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 3,2).
          As leituras feitas nas celebrações durante o Advento apresentam Cristo como aquele que prometeu voltar, orientando-nos para que vigiemos e esperemos a sua volta. A vida cristã, por isso, se caracteriza pela esperança e pela vigilância, já que não sabemos nem o dia nem a hora em que o Senhor vai chegar.
              A cor litúrgica é o roxo porque o Advento é o tempo em que se misturam alegria e renúncia. Enquanto nos alegramos com a vinda do Senhor, somos chamados à conversão, que exige penitência.
         O Advento se divide em duas grandes partes. A primeira compreende as duas primeiras semanas que acentuam a expectativa escatológica. Pedimos para que “caminhando entre as coisas que passam, abracemos as que não passam”; para que “coloquemos nossas esperanças nos bens eternos” e para que “ nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do Senhor que vem”. A segunda parte, que compreende as duas últimas semanas, se volta mais para o nascimento do Senhor. Começa com um canto de alegria: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto”.
            Aproveitemos bem este tempo que a Igreja, através de sua liturgia, nos coloca à disposição, pois como nos lembra o grande liturgista Romano Guardini: “O Senhor veio uma vez para todos, mas ele deve vir sempre de novo para cada um de nós”.



terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ele vem morar conosco


         O bonito da festa é a espera e a preparação. Quanto melhor a preparação, melhor a festa e sua recordação. Assim é na vida, assim é na liturgia, que celebra a vida.
         Encerrado o ano litúrgico, começa um novo, atualizando a maior notícia da história: Ele vem morar conosco! É o tempo de advento, tempo de espera e preparação.
         É tempo de superar o cansaço do caminho percorrido e garantir a oportunidade de recomeçar com Deus.
         É tempo de fazer de nossa casa a casa de Deus, confirmando que seu amor é o segredo da alegria e uma convivência feliz.
          É tempo de não deixar passar a vinda do Filho de Deus, pois quem acolhe o Cristo nada tem a perder mas tudo a ganhar.
          É tempo de trazer a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, animar os deprimidos e libertar a todos das prisões do egoísmo e do medo.
          Estamos vivendo o final de mais um ano. Com a chegada do Advento a esperança nos é restituída. Aquele que encontrou morada em Maria vem bater novamente à porta de nosso coração e de nossa casa. Ele vem morar conosco e nos garantir que é possível começar de novo. Com Deus, cada momento é sempre um início.
          “Ele vem morar conosco” (João 1,14). Este é o lema e a fonte inspiradora do projeto assumido pelo Regional Sul 3 para o Tempo do Advento e Natal 2018. O Kit de Natal é composto por Casa do Presépio (de modo interativo em cada encontro será montado o presépio) para ser colocada na porta de casa e o livro com o roteiro dos encontros. “Este ano pensamos cada encontro de uma forma ainda mais orante e dentro da proposta dos tradicionais encontros em ‘grupos de reflexão’”, explica o secretário-executivo do Regional Sul 3 da CNBB.
           Este tempo do Advento deve ser de oração, de vigilância, de esperança, de expectativa, de preparação e de acolhimento. Neste tempo a Igreja faz a experiência de ser peregrina, sentindo-se a caminho. Ela é a comunidade da esperança. Já vive a realidade do Emanuel = Deus conosco, mas sabe e crê que virá o dia em que veremos Deus, face a face (1Cor 13, 12). Por isso, na atual história, ela vive a espera do definitivo. Vive na vigilância e na alegria, enquanto reza com a liturgia: “Maranatha – Vem, Senhor Jesus!       


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Uma nova vocação


        Estamos vivendo o projeto da Igreja – Cada comunidade, uma nova vocação. Vocação vista como resposta ao chamado de Deus a cada batizado e a toda batizada. Todos têm vocação. Ninguém fica sem receber um ou vários chamados, para realizar a sua vocação. Muitos não dão a sua resposta.
          E vocação na Igreja não é só para ser padre e ou religioso ou religiosa. Vocação é assumir a sua missão como cristão, dentro e fora do âmbito eclesial, sendo sal da terra e luz no mundo. Está aí um grande desafio dos cristãos serem protagonistas de uma identidade cristã dentro das relações do mundo de hoje: na família, no trabalho, na política e na economia, nas ciências e nas artes, na educação, na cultura e nos meios de comunicação social.

    Os cristãos, todos os cristãos, são chamados a ser testemunhas de fé, santidade e ação transformadora. No dia em os cristãos, todos os cristãos, assumirem a sua vocação, o seu ser fermento, sal e luz, no mundo não haveria mais corrupção, nem fome e miséria, nem violência e intolerância.
        Dentro da Igreja temos as vocações específicas e seus diversos serviços e ministérios. Temos as vocações ordenadas e as de especial consagração.
     
      A Diocese de Bagé acolheu, no dia dezoito de novembro, um novo padre, que deu seu sim ao chamado de Deus. Trata-se do Pe. Fábio Augusto Santos da Silva, nascido em Uruguaiana, de família gabrielense, onde cresceu, alimentou sua fé e despertou sua vocação.          

       Nascido aos dezenove de novembro, completou trinta e um anos de idade um dia após sua ordenação. Fez seus estudos iniciais em São Gabriel, na Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, das Irmãs da Congregação de Santa Catarina, e na Escola Estadual XV de Novembro.

    Despertou sua vocação participando da vida eclesial em sua comunidade Deus Menino e na Paróquia, onde foi contagiado pelo testemunho que o ajudaram a crescer na fé e a fazer o discernimento vocacional.

     Durante um tempo, após ajudar e trabalhar na Paróquia, começou a perceber o chamado de Deus para uma especial consagração e para este discernimento contou com o testemunho de vários leigos e leigas que o ajudaram neste processo e, também, com o apoio e incentivo dos padres que estavam na Paróquia naquele momento. Neste período em ficou ajudando na sacristia, aproximou-se dos padres, observou a sua rotina, seus trabalhos, suas dificuldades e alegrias e, assim, depois de um período de discernimento, no ano de 2010, decidiu ingressar no Seminário São Francisco de Paula, em Pelotas. Ali cursou Filosofia, na Universidade Católica, e Teologia, no Instituto Paulo VI.

        Escolheu como lema de sua vida sacerdotal Estou no meio de vós como aquele que serve. Vai iniciar o seu ministério como Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, onde já se encontra desde fevereiro deste ano.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Dia Mundial dos Pobres


             O Papa Francisco instituiu o Domingo antes da Festa de Cristo Rei, como o Dia Mundial dos Pobres. A temática deste ano emerge da frase bíblica do Salmo 34, 7: “Este pobre pediu socorro e o Senhor o ouviu, libertou-o de suas angústias. O salmo afirma que o Senhor escuta os pobres, aqueles que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de erguer os olhos para as alturas, para receber luz e conforto, pois sabem que têm em Deus o seu Salvador.

    O salmo caracteriza, com três verbos, a atitude do pobre e a sua relação com Deus: gritarresponder e libertar. A condição de pobreza torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus. Este grito deveria ecoar também em nossos ouvidos, tantas vezes indiferentes e impassíveis. O Papa convida a um exame de consciência em relação às formas de ajuda aos pobres, sem compromisso direto com a mudança de sua vida: “Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para satisfazer a nós mesmos do que para acolher realmente o grito do pobre”.

        O segundo verbo é responder. O Senhor não só escuta o grito do pobre, mas também lhe responde. A resposta de Deus é sempre uma intervenção de salvação para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar o pobre a recuperar uma vida digna. O dia mundial dos pobres pode ser uma gota de água no deserto da pobreza, contudo, torna-se sinal de partilha com os necessitados para sentirem a presença de um irmão e de uma irmã que procura o seu bem.
           O terceiro verbo é libertar. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder da intervenção de Deus: “Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade(EG 187).
     
          Com o Evangelho da cura de Bartimeu (Mc 10, 46-52), Francisco lembra que há muitos pobres que também esperam por alguém que se aproxime deles e diga: “Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te”. Infelizmente, muitos condenam os pobres e os consideram como gente que deve ser rejeitada e mantida longe: “Há uma tendência a criar distância entre nós e eles, e não nos damos conta que, deste modo, nos tornamos distantes do Senhor Jesus que não os rejeita”.

        Francisco valoriza os gestos de amor e salvação para com os mais necessitados em todas as partes do mundo: “São inúmeras as iniciativas que, todos os dias, a comunidade cristã leva a cabo para dar um sinal de proximidade e de conforto às muitas formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos. Os verdadeiros protagonistas da conversão e da caridade devem ser o Senhor e os pobres. Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus para fazer reconhecer a sua presença e a sua salvação. (inspirado em Dom Aloísio A. Dilli, Bispo de Santa Cruz do Sul)



quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O terço dos homens


                O Terço é presente de Tua ternura
                As mãos que o levam são nossas são duras
               O homem rezando se torna menino                           
               Que pode mudar do mundo o destino

            É através da oração que o ser humano adquire a capacidade de se aproximar e adentrar a intimidade de Deus. Para quem pensa que a oração do Terço é uma prática comum apenas entre as mulheres, engana-se. Tempos atrás era a oração que unia a família, ao final de um dia de trabalho. Hoje, em muitas partes do Brasil e do mundo, grupos cada vez mais numerosos de homens se reúnem  para rezar, semanalmente, a oração do terço.

             É a experiência bonita e piedosa de homens que começam a se reunir para rezar o Terço, mostrando assim os efeitos positivos dessa oração, que propicia uma relação amistosa e íntima com Jesus Cristo.
            O terço é uma oração eminentemente do evangelho. Primeiro: a contemplação dos mistérios que estão no sacrifício de Jesus, na doação dele, que deu a sua vida pela nossa salvação. O terço traz esses mistérios centrais da nossa redenção. Então, o terço é Evangelho. Depois, a Ave-Maria. Toda a primeira parte da ave-maria é a oração do Evangelho de Lucas, que está na saudação do Anjo e na visita de Nossa Senhora a Isabel. A segunda parte da Ave-Maria foi acrescentada pela igreja lembrando a nossa realidade temporal de povo de Deus peregrino. Então, o terço, além de ser uma forma popular de a gente entrar nesta intimidade com Deus, também nos ensina a própria verdade do Evangelho de Jesus. Além de a gente experimentar uma grande paz quando se reza o terço.
            O Terço dos Homens é um exemplo de fé e devoção. A oração do terço, além de nos conduzir para a oração, leva-nos a meditar sobre os principais mistérios da redenção que Cristo nos oferece.
                Terço dos homens, uma prática que representa um bem para si mesmo, para sua família.

            Nas Ave Marias que aqui repetimos
            Falamos do amor que por Ti sentimos  
          Com o Terço na mão em santas vigílias                    
          Rezamos unidos às nossas famílias


            
           


terça-feira, 30 de outubro de 2018

Nossa Senhora do Patrocínio



            A data comemorativa da Padroeira de Dom Pedrito, Nossa Senhora do Patrocínio, comemora-se no segundo domingo de novembro, como também a Padroeira do Rio Grande do Sul, Nossa Senhora Medianeira.
           Cada ano são realizados eventos para a sua celebração. Este ano, uma novena, que vai de dois de novembro ao dia dez, culminando no dia onze, domingo festivo.
         O lema escolhido está em continuidade com as Santas Missões: Com a Mãe do Patrocínio, unidos em Cristo! Cada celebração terá a presença de uma ou mais comunidade, que irão animar a liturgia e as orações.

 A programação será a seguinte:

Dia 02, sexta-feira: “Unidos em Cristo, sementes de Vida”.18 horas
 Responsabilidade: Comunidade Santo Antônio, Apostolado da Oração e Grupo    
do Amor Divino - Às 17 horas acontecerá a Hora Santa.

 Dia  03, sábado: “Unidos em Cristo, buscamos a humildade”.18 horas
                        Responsabilidade: Comunidade São Gregório e os Jovens

Dia 04, domingo: “Unidos em Cristo, buscamos a santidade”
                        (Todos os Santos e Santas)- 19 horas     
                      Responsabilidade: Comunidade Santa Rita, Coordenação dos
                                                     Ministros

 Ao meio dia,almoço de Confraternização no Salão Paroquial

Dia 05, segunda-feira: “Unidos em Cristo, ser sal da terra”.  19 horas
                        Responsabilidade: Comunidades Sagrada Face e Santa Maria

Dia 06, terça-feira: “Unidos em Cristo, ser luz no mundo”. 19 horas
Responsabilidade: Comunidade Sagrado Coração de Jesus

Dia 07, quarta-feira: “Unidos em Cristo, saúde plena”.19 horas
                        Bênção da Saúde
Responsabilidade: Comunidades São Francisco e Santo Antônio Gianelli.

Dia 08, quinta-feira: “Unidos em Cristo, cantamos à Mãe!”. 19 horas
                        Responsabilidade: Comunidade São João Batista
Serenata para Maria: logo após a missa, apresentação de canções marianas, por membros da comunidade, com encenações e várias caracterizações de diferentes formas de ver Maria na nossa devoção.

Dia 09, sexta-feira: “Unidos em Cristo, somos Igreja”. 19 horas
                        Responsabilidade: Comunidade Santa Teresinha

Dia 10, sábado: “Unidos em Cristo, continuamos nossas Missões”. 19h
Responsabilidade: Comunidade Nossa Senhora de Fátima, Catequese da Igreja Matriz 

Dia 11, DOMINGO  - 9 horas
Mãe do Patrocínio, nossa Mãe e Padroeira, intercedei  por nós!
           Responsabilidade:  Equipe de Liturgia da Matriz, envolvendo todos os grupos da  Matriz, com a presença de todas as Comunidades, com os estandartes dos(as) Padroeiros(as)
            
            Após a missa, haverá carreata e bênção à cidade, motoristas e veículos.



terça-feira, 23 de outubro de 2018

Dois jeitos de ver a realidade

O Evangelho de Marcos, no capítulo dez, traz uma cena típica da fragilidade dos apóstolos e do ensinamento de Jesus. Dois jovens irmãos – João e Tiago – vão exigir de Jesus lugares de destaque na sua missão.
Na cabeça deles – e nossa hoje ainda, o poder é ter privilégios, autoridade significa mandar e impor suas ideias e seus jeitos de pensar o mundo.
Jesus coloca para eles as consequências da opção, que passa por ser capaz de dar a vida e renunciar a si mesmo. Chega a dizer que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, ENTRE VÓS, NÃO DEVE SER ASSIM.
Jesus insiste que os seus discípulos não tenham como modelo a ideologia do poder, do mando, da imposição a qualquer preço. Entre vós não deve ser assim, é a frase que nos deve orientar. Não copiar “os poderes do mundo”. Eles não são critérios para nós.
 E nos oferece um outro jeito de exercício da autoridade e do poder. QUEM QUISER SER GRANDE, SEJA VOSSO SERVO. QUEM QUISER SER O PRIMEIRO, SEJA O ESCRAVO DE TODOS. E coloca-se como referência, já que Ele é o Caminho a Verdade e a Vida: EU NÃO VIM PARA SER SERVIDO, MAS PARA SERVIR E DAR A MINHA VIDA PELA SALVAÇÃO DE MUITOS.
Durante a Romaria da Juventude, realizada em Dom Pedrito, os jovens refletiram muito sobre a necessidade da construção de uma cultura de paz. O mundo continua nos apresentar como proposta para resolver a paz e superar a violência, armar as pessoas, diminuir a maioridade penal, mais cadeias, mas investimentos na segurança...
Será esta a saída e a solução? Ou não seria melhor buscarmos, juntos, soluções mais duradouras e que ajudem a pacificar a sociedade?
É preciso construir uma sociedade onde a paz é o caminho, onde a fraternidade seja a meta, onde a participação solidária de todos seja a proposta.
O Evangelho nos ajuda a buscar um outro jeito de sermos felizes e de encararmos a nossa dura realidade. Os jovens nos pedem que se invista mais em políticas públicas para os jovens, onde eles possam ser ouvidos e onde possam dar suas propostas.
Os jovens querem ajudar a construir um futuro onde eles possam ser protagonistas, e não apenas objetos das ações. Os jovens querem espaço para o lazer, para a cultura, para o esporte. Os jovens querem ter voz e ter vez.
Entre nós não pode ser assim. É possível, sim, um jeito diferente de sociedade, onde o que vale não é o ter, mas o ser, isto é, o que vale não é o que temos, mas sim o que somos.
O cristianismo faz a diferença. Também no exercício do poder e da cidadania.
Por uma cultura de paz, sem ódios, sem violências, sem discriminações, sem vinganças e sem medos.
E não descansemos enquanto não encontramos a felicidade!

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Caminho da santidade


             No dia catorze de outubro, o Papa Francisco colocou na lista (=cânon) da Igreja Católica mais sete nomes, cuja santidade foi reconhecida, entre eles o Papa Paulo VI e o mártir de El Salvador Oscar Arnulfo Romero.
              A Diocese de Bagé recebeu documento da Congregação da Causa dos Santos, enviado ao seu bispo, hoje emérito, Dom Gilio Felício: “Em carta do dia 01 de fevereiro de ano de 2017, Vossa Excelência pede se desde esta Congregação para a Causa dos Santos, da parte da Santa Sé, há algum impedimento à Causa de Beatificação e Canonização do Servo de Deus José Tiarajú, dito Sepé, leigo cristão, que morreu no ano do Senhor de 1756.  
               Estudado o assunto, apraz-me notificar em resposta a Vossa Excelência, de parte da Santa Sé, nada obstar (“nihil obstare”) que em relação à Causa de Beatificação e Canonização do mesmo Servo de Deus José Tiarajú se possa realizar o processo, dando atenção às “Normas para observar na Instrução Diocesana das Causas dos Santos”, documento publicado pela própria Congregação em 7 de Fevereiro de 1983.”
            Na recente Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual, logo no primeiro parágrafo, o Papa Francisco escreve que “o Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”. E este caminho à santidade é para todos e todas, procurando inseri-lo no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades, porque o Senhor escolheu cada um de nós “para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (Ef 1,4).
            Santidade deve-se entender não como passividade ou ausência de defeitos. O conceito de santidade, na Bíblia e na teologia, é um convite para todos os cristãos percorrerem este caminho, na fidelidade ao projeto de Deus e sempre na defesa da vida.
            Ao longo da História da Salvação, temos várias testemunhas que nos encorajam a que “corramos com perseverança na competição que nos é proposta” (Hb 12,1): fala-se em Abraão, Sara, Moisés, Gedeão e vários outros (Hb 11). Mas, sobretudo, somos convidados a reconhecer-nos “com tamanha nuvem de testemunhas”, que incitam a não deter-nos no caminho, que nos estimulam a continuar a correr para a meta.
            A santidade é para nós um caminho, uma meta. Os santos, que já chegaram à presença de Deus, mantêm conosco laços de amor e comunhão, diz Papa Francisco. Atesta-o o livro do Apocalipse, quando fala dos mártires intercessores: “Vi debaixo do altar aqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que tinham dado” (6,9-10).
         Papa Francisco lembra que “nos processos de beatificação e canonização levam-se em consideração os sinais de heroicidade na prática das virtudes, o sacrifício da vida no martírio e também os casos em que se verificam um oferecimento da própria vida pelos outros, mantido até a morte. Essa doação manifesta uma imitação exemplar de Cristo, e é digna de admiração dos fiéis” (n. 5). E cita o Moto Proprio Maiorem hac dilectionem, de 11 de julho de 2017: “Em todo o caso, supõe-se que haja fama de santidade e uma prática das virtudes cristãs, pelo menos em grau ordinário”.





quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Nossa Senhora Aparecida


         O Dia de Nossa Senhora Aparecida é comemorado em 12 de outubro e é considerado feriado nacional no Brasil. Esta é a data que homenageia a padroeira do país.
       Dia de Nossa Senhora Aparecida foi oficialmente instituído a partir do decreto de Lei nº 6.802, de 30 de junho de 1980.
       Devido a importância que esta santa possui no país, em 1946 foi iniciada a construção de um santuário dedicado a Ela no estado de São Paulo. O Papa João Paulo II, em visita ao Brasil, em 1980, consagrou a igreja como basílica e Santuário Nacional. Assim, o templo é considerado o maior santuário dedicado à Virgem Maria em todo o mundo. Por sua vez, o Papa Francisco, ao visitar o Brasil em 2016, elevou a basílica à catedral da Arquidiocese de Guaratinguetá.
        De acordo com a história, no ano de 1717, pescadores lançaram suas redes no Rio Paraíba do Sul, com o objetivo de pescar peixes grandes para um jantar especial para o Conde de Assumar. Eles tentaram muito, mas não estavam conseguindo pescar nada. Quando já estavam quase desistindo, um pescador chamado João Alves, apanhou uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, primeiro o corpo e depois a cabeça, e enrolou-a em um manto. Em seguida, as suas redes que até então vinhas vazias, abundavam em peixes.
        Dezessete anos depois do achado, foi construída a primeira capela que rapidamente se tornou um ponto de peregrinação para os viajantes. Em 1868, a Princesa Isabel ofertou um manto azul e uma coroa cravejada de diamantes à imagem.
   Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI e, 50 anos depois, foi decretado oficialmente que o dia 12 de outubro seria feriado oficial no país. No Dia de Nossa Senhora Aparecida também é celebrado o Dia das Crianças.
   Em virtude das comemorações dos 40 anos do restauro da imagem, a Festa da Mãe Aparecida tem como tema ‘Em Jesus, com Maria, restauramos a vida’. As reflexões da Novena e Festa da Padroeira motivaram a oração pelo povo brasileiro, pedindo a intercessão da Mãe Aparecida para o restauro das vidas em sofrimento e pela recuperação da dignidade de filhos e filhas de Deus. “Será um momento de celebração, mas também um grande clamor pelo povo brasileiro, os textos do livrinho vão nos ajudar a buscar essa restauração”, explicou o reitor do Santuário padre João Batista.
      A novena e Festa da Padroeira também enfatizou o Leigo, em consonância como o Ano do Laicato, convocando os devotos para atitudes transformadoras e compromisso com a vida e os ensinamentos de Cristo.