terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ele vem morar conosco


         O bonito da festa é a espera e a preparação. Quanto melhor a preparação, melhor a festa e sua recordação. Assim é na vida, assim é na liturgia, que celebra a vida.
         Encerrado o ano litúrgico, começa um novo, atualizando a maior notícia da história: Ele vem morar conosco! É o tempo de advento, tempo de espera e preparação.
         É tempo de superar o cansaço do caminho percorrido e garantir a oportunidade de recomeçar com Deus.
         É tempo de fazer de nossa casa a casa de Deus, confirmando que seu amor é o segredo da alegria e uma convivência feliz.
          É tempo de não deixar passar a vinda do Filho de Deus, pois quem acolhe o Cristo nada tem a perder mas tudo a ganhar.
          É tempo de trazer a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, animar os deprimidos e libertar a todos das prisões do egoísmo e do medo.
          Estamos vivendo o final de mais um ano. Com a chegada do Advento a esperança nos é restituída. Aquele que encontrou morada em Maria vem bater novamente à porta de nosso coração e de nossa casa. Ele vem morar conosco e nos garantir que é possível começar de novo. Com Deus, cada momento é sempre um início.
          “Ele vem morar conosco” (João 1,14). Este é o lema e a fonte inspiradora do projeto assumido pelo Regional Sul 3 para o Tempo do Advento e Natal 2018. O Kit de Natal é composto por Casa do Presépio (de modo interativo em cada encontro será montado o presépio) para ser colocada na porta de casa e o livro com o roteiro dos encontros. “Este ano pensamos cada encontro de uma forma ainda mais orante e dentro da proposta dos tradicionais encontros em ‘grupos de reflexão’”, explica o secretário-executivo do Regional Sul 3 da CNBB.
           Este tempo do Advento deve ser de oração, de vigilância, de esperança, de expectativa, de preparação e de acolhimento. Neste tempo a Igreja faz a experiência de ser peregrina, sentindo-se a caminho. Ela é a comunidade da esperança. Já vive a realidade do Emanuel = Deus conosco, mas sabe e crê que virá o dia em que veremos Deus, face a face (1Cor 13, 12). Por isso, na atual história, ela vive a espera do definitivo. Vive na vigilância e na alegria, enquanto reza com a liturgia: “Maranatha – Vem, Senhor Jesus!       


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Uma nova vocação


        Estamos vivendo o projeto da Igreja – Cada comunidade, uma nova vocação. Vocação vista como resposta ao chamado de Deus a cada batizado e a toda batizada. Todos têm vocação. Ninguém fica sem receber um ou vários chamados, para realizar a sua vocação. Muitos não dão a sua resposta.
          E vocação na Igreja não é só para ser padre e ou religioso ou religiosa. Vocação é assumir a sua missão como cristão, dentro e fora do âmbito eclesial, sendo sal da terra e luz no mundo. Está aí um grande desafio dos cristãos serem protagonistas de uma identidade cristã dentro das relações do mundo de hoje: na família, no trabalho, na política e na economia, nas ciências e nas artes, na educação, na cultura e nos meios de comunicação social.

    Os cristãos, todos os cristãos, são chamados a ser testemunhas de fé, santidade e ação transformadora. No dia em os cristãos, todos os cristãos, assumirem a sua vocação, o seu ser fermento, sal e luz, no mundo não haveria mais corrupção, nem fome e miséria, nem violência e intolerância.
        Dentro da Igreja temos as vocações específicas e seus diversos serviços e ministérios. Temos as vocações ordenadas e as de especial consagração.
     
      A Diocese de Bagé acolheu, no dia dezoito de novembro, um novo padre, que deu seu sim ao chamado de Deus. Trata-se do Pe. Fábio Augusto Santos da Silva, nascido em Uruguaiana, de família gabrielense, onde cresceu, alimentou sua fé e despertou sua vocação.          

       Nascido aos dezenove de novembro, completou trinta e um anos de idade um dia após sua ordenação. Fez seus estudos iniciais em São Gabriel, na Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, das Irmãs da Congregação de Santa Catarina, e na Escola Estadual XV de Novembro.

    Despertou sua vocação participando da vida eclesial em sua comunidade Deus Menino e na Paróquia, onde foi contagiado pelo testemunho que o ajudaram a crescer na fé e a fazer o discernimento vocacional.

     Durante um tempo, após ajudar e trabalhar na Paróquia, começou a perceber o chamado de Deus para uma especial consagração e para este discernimento contou com o testemunho de vários leigos e leigas que o ajudaram neste processo e, também, com o apoio e incentivo dos padres que estavam na Paróquia naquele momento. Neste período em ficou ajudando na sacristia, aproximou-se dos padres, observou a sua rotina, seus trabalhos, suas dificuldades e alegrias e, assim, depois de um período de discernimento, no ano de 2010, decidiu ingressar no Seminário São Francisco de Paula, em Pelotas. Ali cursou Filosofia, na Universidade Católica, e Teologia, no Instituto Paulo VI.

        Escolheu como lema de sua vida sacerdotal Estou no meio de vós como aquele que serve. Vai iniciar o seu ministério como Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, onde já se encontra desde fevereiro deste ano.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Dia Mundial dos Pobres


             O Papa Francisco instituiu o Domingo antes da Festa de Cristo Rei, como o Dia Mundial dos Pobres. A temática deste ano emerge da frase bíblica do Salmo 34, 7: “Este pobre pediu socorro e o Senhor o ouviu, libertou-o de suas angústias. O salmo afirma que o Senhor escuta os pobres, aqueles que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de erguer os olhos para as alturas, para receber luz e conforto, pois sabem que têm em Deus o seu Salvador.

    O salmo caracteriza, com três verbos, a atitude do pobre e a sua relação com Deus: gritarresponder e libertar. A condição de pobreza torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus. Este grito deveria ecoar também em nossos ouvidos, tantas vezes indiferentes e impassíveis. O Papa convida a um exame de consciência em relação às formas de ajuda aos pobres, sem compromisso direto com a mudança de sua vida: “Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para satisfazer a nós mesmos do que para acolher realmente o grito do pobre”.

        O segundo verbo é responder. O Senhor não só escuta o grito do pobre, mas também lhe responde. A resposta de Deus é sempre uma intervenção de salvação para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar o pobre a recuperar uma vida digna. O dia mundial dos pobres pode ser uma gota de água no deserto da pobreza, contudo, torna-se sinal de partilha com os necessitados para sentirem a presença de um irmão e de uma irmã que procura o seu bem.
           O terceiro verbo é libertar. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder da intervenção de Deus: “Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade(EG 187).
     
          Com o Evangelho da cura de Bartimeu (Mc 10, 46-52), Francisco lembra que há muitos pobres que também esperam por alguém que se aproxime deles e diga: “Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te”. Infelizmente, muitos condenam os pobres e os consideram como gente que deve ser rejeitada e mantida longe: “Há uma tendência a criar distância entre nós e eles, e não nos damos conta que, deste modo, nos tornamos distantes do Senhor Jesus que não os rejeita”.

        Francisco valoriza os gestos de amor e salvação para com os mais necessitados em todas as partes do mundo: “São inúmeras as iniciativas que, todos os dias, a comunidade cristã leva a cabo para dar um sinal de proximidade e de conforto às muitas formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos. Os verdadeiros protagonistas da conversão e da caridade devem ser o Senhor e os pobres. Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus para fazer reconhecer a sua presença e a sua salvação. (inspirado em Dom Aloísio A. Dilli, Bispo de Santa Cruz do Sul)



quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O terço dos homens


                O Terço é presente de Tua ternura
                As mãos que o levam são nossas são duras
               O homem rezando se torna menino                           
               Que pode mudar do mundo o destino

            É através da oração que o ser humano adquire a capacidade de se aproximar e adentrar a intimidade de Deus. Para quem pensa que a oração do Terço é uma prática comum apenas entre as mulheres, engana-se. Tempos atrás era a oração que unia a família, ao final de um dia de trabalho. Hoje, em muitas partes do Brasil e do mundo, grupos cada vez mais numerosos de homens se reúnem  para rezar, semanalmente, a oração do terço.

             É a experiência bonita e piedosa de homens que começam a se reunir para rezar o Terço, mostrando assim os efeitos positivos dessa oração, que propicia uma relação amistosa e íntima com Jesus Cristo.
            O terço é uma oração eminentemente do evangelho. Primeiro: a contemplação dos mistérios que estão no sacrifício de Jesus, na doação dele, que deu a sua vida pela nossa salvação. O terço traz esses mistérios centrais da nossa redenção. Então, o terço é Evangelho. Depois, a Ave-Maria. Toda a primeira parte da ave-maria é a oração do Evangelho de Lucas, que está na saudação do Anjo e na visita de Nossa Senhora a Isabel. A segunda parte da Ave-Maria foi acrescentada pela igreja lembrando a nossa realidade temporal de povo de Deus peregrino. Então, o terço, além de ser uma forma popular de a gente entrar nesta intimidade com Deus, também nos ensina a própria verdade do Evangelho de Jesus. Além de a gente experimentar uma grande paz quando se reza o terço.
            O Terço dos Homens é um exemplo de fé e devoção. A oração do terço, além de nos conduzir para a oração, leva-nos a meditar sobre os principais mistérios da redenção que Cristo nos oferece.
                Terço dos homens, uma prática que representa um bem para si mesmo, para sua família.

            Nas Ave Marias que aqui repetimos
            Falamos do amor que por Ti sentimos  
          Com o Terço na mão em santas vigílias                    
          Rezamos unidos às nossas famílias