sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Dia Mundial dos Pobres


             O Papa Francisco instituiu o Domingo antes da Festa de Cristo Rei, como o Dia Mundial dos Pobres. A temática deste ano emerge da frase bíblica do Salmo 34, 7: “Este pobre pediu socorro e o Senhor o ouviu, libertou-o de suas angústias. O salmo afirma que o Senhor escuta os pobres, aqueles que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de erguer os olhos para as alturas, para receber luz e conforto, pois sabem que têm em Deus o seu Salvador.

    O salmo caracteriza, com três verbos, a atitude do pobre e a sua relação com Deus: gritarresponder e libertar. A condição de pobreza torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus. Este grito deveria ecoar também em nossos ouvidos, tantas vezes indiferentes e impassíveis. O Papa convida a um exame de consciência em relação às formas de ajuda aos pobres, sem compromisso direto com a mudança de sua vida: “Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para satisfazer a nós mesmos do que para acolher realmente o grito do pobre”.

        O segundo verbo é responder. O Senhor não só escuta o grito do pobre, mas também lhe responde. A resposta de Deus é sempre uma intervenção de salvação para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar o pobre a recuperar uma vida digna. O dia mundial dos pobres pode ser uma gota de água no deserto da pobreza, contudo, torna-se sinal de partilha com os necessitados para sentirem a presença de um irmão e de uma irmã que procura o seu bem.
           O terceiro verbo é libertar. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder da intervenção de Deus: “Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade(EG 187).
     
          Com o Evangelho da cura de Bartimeu (Mc 10, 46-52), Francisco lembra que há muitos pobres que também esperam por alguém que se aproxime deles e diga: “Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te”. Infelizmente, muitos condenam os pobres e os consideram como gente que deve ser rejeitada e mantida longe: “Há uma tendência a criar distância entre nós e eles, e não nos damos conta que, deste modo, nos tornamos distantes do Senhor Jesus que não os rejeita”.

        Francisco valoriza os gestos de amor e salvação para com os mais necessitados em todas as partes do mundo: “São inúmeras as iniciativas que, todos os dias, a comunidade cristã leva a cabo para dar um sinal de proximidade e de conforto às muitas formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos. Os verdadeiros protagonistas da conversão e da caridade devem ser o Senhor e os pobres. Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus para fazer reconhecer a sua presença e a sua salvação. (inspirado em Dom Aloísio A. Dilli, Bispo de Santa Cruz do Sul)



Um comentário:

  1. Sempre é tão bom refletir postagens. É uma riqueza muito grande.
    Que Deus o fortaleça sempre.

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