quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Celebrar a beleza da vida

            Estamos encerrando o Ano Litúrgico, que não se encerra, mas começa sempre de novo, como o ano civil, que é cíclico. E o círculo não tem começo nem fim, embora seja dinâmico.

           A liturgia no ajuda a colocar a centralidade de nossa vida em Jesus Cristo e celebrar, sempre de novo, os momentos importantes da sua vida, da nossa vida e da vida do mundo.
                
          A liturgia nos ajuda a termos um olhar de fé para os acontecimentos, celebrá-los com intensidade e vivenciá-los com maturidade.

         Estamos sempre andando, sempre caminhando. Como diz o cantador das comunidades argentinas e uruguaias, “é preciso seguir andando no más”. Viver cada momento importante, celebrar estes momentos.

          Na liturgia, celebramos a semana, com o Domingo, que é o Dia do Senhor, que deve ter o seu ritual, a sua liturgia própria, até no vestir, pois é um dia de Festa.

          Celebramos os ciclos da Natal e da Páscoa, com suas cores, com seus cânticos, com seus símbolos, com suas leituras especiais, com seus ritmos e suas espiritualidades. Uma completa a outra, uma depende da outra, uma continua a outra.

          Celebramos aqueles e aquelas que são importantes na caminhada, como Maria, a Mãe de Redentor e nossa Mãe. E fazemos isso de muitas formas, de muitas cores, com muitos nomes, na diversidade dos tempos e das culturas, nas suas expressões variadas e inculturadas.

             Juntamente com Maria, celebramos na liturgia tantos irmãos e irmãs nossos que são modelos e exemplos, intercessores e auxiliadores, que são os santos e santas, muitos já reconhecidos e nos altares, outros canonizados pelo povo e sua religiosidade.

            Na liturgia somos capazes de celebrar o nascimento e a morte, a vida e a ressurreição. A liturgia é acompanhada de tanta beleza e tanta profundidade, que explica-la pode enfeiá-la, como me disse uma pessoa amante da mesma.

              É preciso que cada cristão, cada batizado possa descobrir esta grandiosidade. Tudo começa por valorizar a espiritualidade cristã, descobrir a força e a necessidade da mesma, colocar a centralidade de sua vida em Jesus Cristo. A vida é um círculo, mas o círculo tem um centro.
Celebrar significa se alegrar e dar graças por tudo.

           Celebrar significa colocar nossa confiança em Deus, “na alegria e na tristeza, na saúde e da doença, em todos os dias de nossas vidas”.

       Celebrar é sair de nós mesmos, irmos com os irmãos e irmãs ao encontro da Comunidade, e ali juntos cantar, louvar, pedir perdão, ouvir o que Deus nos fala pela sua Palavra, comungar o projeto de Jesus Cristo, no Pão e na Palavra, comprometer-se a viver e testemunhar o que se celebrou.
É preciso descobrir – sempre de novo – a beleza da fé, da esperança, do amor, da liturgia, de participar da comunidade e da Eucaristia./

Que o novo Ano Litúrgico nos renove e nos faça redescobrir que sem Deus, nada somos e nada podemos.

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