Um Olhar de Fé:
............O Ano Santo da Misericórdia foi convocado pelo Papa Francisco. A grande proposta era de viver as obras de misericórdia e de fazer acontecer entre os cristãos esta atitude, que o próprio Cristo nos pede:” Sede misericordiosos como o Pai é misericordioso”.
............A intenção era retomar uma tradição que foi perdendo importância na vida da Igreja: a prática das obras de misericórdia, acordando a nossa consciência e entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina.
............A origem das obras de misericórdia está na Bíblia, no Evangelho de Mateus, capítulo 25, versículos de 31 a 45 (a Parábola do Juízo Final). Já nos primeiros séculos do Cristianismo, os santos padres apresentavam-nas como fundamentais para a vida cristã. Mas foi na Idade Média, com Santo Tomás de Aquino, que as obras de misericórdia ganharam uma sistematização teológica. Ele as organizou em Obras de Misericórdia Corporais e Obras de Misericórdia Espirituais.
............As obras de misericórdia corporais são: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os estrangeiros, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. As obras de misericórdia espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
............E este ano, no Dia de Oração pela Criação, o Papa Francisco colocou uma décima quinta obra de misericórdia, que é “cuidar da Casa Comum”. A grande preocupação com o cuidado e a preservação da natureza talvez seja a grande obra de misericórdia que os cristãos devem colocar em prática, como uma prova concreta de sua fé e de sua responsabilidade pela obra da criação.
............É um belo legado que recebemos neste Ano da Misericórdia, que entre nós termina neste domingo, dia treze, e na Igreja toda no dia de Cristo Rei, vinte de novembro.
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