Um
Olhar de Fé:
.......O Dízimo é um jeito que o Povo de Deus descobriu, de
maneira prática e comunitária, para a sua organização e manutenção. Além disso,
a prática da partilha e da solidariedade.
.......A Igreja Católica no Brasil, através de seus bispos,
publicou um documento chamado “O dízimo
na comunidade de fé: orientações e propostas”, onde define “o dízimo é uma contribuição sistemática dos
fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua
sustentação e a da Igreja.” (Documento 106 da CNBB, n.6).
.......Para entendermos bem o dízimo é preciso que a pessoa
esteja evangelizada e comprometida com a evangelização. Sem isso, a compreensão
passa apenas pelo econômico ou até por uma compreensão errônea.
O documento 106 da CNBB coloca algumas características do
dízimo:
1. É relacionado com a experiência de Deus e com o amor fraterno;
2. É um compromisso moral dos fiéis com a Igreja;
3. É fixado de acordo com a consciência retamente formada;
4. É sistemática e periódica.
............A
contribuição do dízimo deve nascer da fé, da pertença à Igreja e da consciência
eclesial. É um compromisso de amor fraterno, pois manifesta a amizade que
circula entre os membros da comunidade. Ele traz à vida cristã os elementos “de
uma caridade ativa na prática dessa experiência. Alguém se torna dizimista
porque tem fé em Deus e confia nas suas promessas” (n. 8).
............É um
compromisso moral. Como tal, “a
contribuição com o dízimo nasce de uma decisão
pessoal que exprime a pertença efetiva à Igreja vivida em uma comunidade
concreta. A contribuição que se faz por meio dele é uma manifestação autêntica
e espontânea da fé em Deus e da comunhão e participação na vida da Igreja e em
sua missão. Por isso, ele se diferencia do simples cumprimento de uma lei e se
situa no plano da decisão de consciência iluminada pela fé.” (n. 9)
............Assim
também a decisão da escolha da quantia
destinada para o dízimo é decisão de
consciência, Iluminada pela Palavra de Deus, sensível às necessidades da
Igreja e do próximo. “Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem
pesar nem constrangimento”, diz o apóstolo Paulo (2 Cor 9,7).
............A
contribuição com o dízimo deve ser sistemática.
Isso significa que ela é estável,
assumida de modo permanente. Do ponto de vista da forma como ela se realiza, é
também periódica, podendo ser mensal
ou estar ligada às colheitas ou à venda de produtos, sendo realizada na ocasião
em que se recebe o salário ou outros tipos de ganho (n. 11).
............A correta compreensão
do dízimo evita “que ele seja proposto e assumido unicamente como forma de
captação dos recursos para as outras pastorais, para a sustentação das pessoas
e para a manutenção das estruturas eclesiais. Essa compreensão não expressa toda
a riqueza de seus significado, não podendo, portanto, ser apresentada como uma
única motivação, nem como motivação principal, pois haveria grave risco de
reducionismo” (n.12).
Nenhum comentário:
Postar um comentário