terça-feira, 4 de julho de 2017

Dízimo, mais que contribuição

Um Olhar de Fé:

.......O Dízimo é um jeito que o Povo de Deus descobriu, de maneira prática e comunitária, para a sua organização e manutenção. Além disso, a prática da partilha e da solidariedade.
           
.......A Igreja Católica no Brasil, através de seus bispos, publicou um documento chamado “O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas”, onde define “o dízimo é uma contribuição sistemática dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja.” (Documento 106 da CNBB, n.6).
            
.......Para entendermos bem o dízimo é preciso que a pessoa esteja evangelizada e comprometida com a evangelização. Sem isso, a compreensão passa apenas pelo econômico ou até por uma compreensão errônea.

O documento 106 da CNBB coloca algumas características do dízimo:

1.    É relacionado com a experiência de Deus e com o amor fraterno;
2.    É um compromisso moral dos fiéis com a Igreja;
3.    É fixado de acordo com a consciência retamente formada;
4.    É sistemática e periódica.

............A contribuição do dízimo deve nascer da fé, da pertença à Igreja e da consciência eclesial. É um compromisso de amor fraterno, pois manifesta a amizade que circula entre os membros da comunidade. Ele traz à vida cristã os elementos “de uma caridade ativa na prática dessa experiência. Alguém se torna dizimista porque tem fé em Deus e confia nas suas promessas” (n. 8).
............É um compromisso moral. Como tal, “a contribuição com o dízimo nasce de uma decisão pessoal que exprime a pertença efetiva à Igreja vivida em uma comunidade concreta. A contribuição que se faz por meio dele é uma manifestação autêntica e espontânea da fé em Deus e da comunhão e participação na vida da Igreja e em sua missão. Por isso, ele se diferencia do simples cumprimento de uma lei e se situa no plano da decisão de consciência iluminada pela fé.” (n. 9)

............Assim também a decisão da escolha da quantia destinada para o dízimo é decisão de consciência, Iluminada pela Palavra de Deus, sensível às necessidades da Igreja e do próximo. “Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento”, diz o apóstolo Paulo (2 Cor 9,7).

............A contribuição com o dízimo deve ser sistemática. Isso significa que ela é estável, assumida de modo permanente. Do ponto de vista da forma como ela se realiza, é também periódica, podendo ser mensal ou estar ligada às colheitas ou à venda de produtos, sendo realizada na ocasião em que se recebe o salário ou outros tipos de ganho (n. 11).

............A correta compreensão do dízimo evita “que ele seja proposto e assumido unicamente como forma de captação dos recursos para as outras pastorais, para a sustentação das pessoas e para a manutenção das estruturas eclesiais. Essa compreensão não expressa toda a riqueza de seus significado, não podendo, portanto, ser apresentada como uma única motivação, nem como motivação principal, pois haveria grave risco de reducionismo” (n.12).


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