A
presença de Igreja, através dos primeiros cristãos que marcam presença em
território do que é hoje a Diocese de Bagé, tem início com a criação das
Reduções pelos missionários Jesuítas, ainda no século dezessete, nos idos dos
anos de mil e seiscentos.
A
Primeira Missa em nosso Estado foi no dia três de maio de 1626, na redução de
São Nicolau, pelo padre Roque Gonzalez. Em 1634, outro jesuíta, padre Cristóvão
Orelhano Pereira de Mendonza,
introduziu o primeiro gado, cavalos e ovelhas no
estado. Naquela primeira fase foram 18
reduções no território chamado de Tape, nas bacias do rio Uruguai, Ibicuí e
Jacuí. A este padre o Rio Grande do Sul e o Brasil devem muito agradecer. É
importante lembrar que foi a pecuária que se multiplicou imensamente nos campos
sulinos e permitiu a partir da sua introdução, o crescimento das reduções e
depois todo o modo de ser do povo gaúcho.
Em 1640, os Jesuítas saem do Rio Grande do Sul, fugindo dos
bandeirantes. E em 11 de março de 1641, no rio Uruguai, derrotam os
bandeirantes na Batalha de M’Bororé. Deixam o gado, que se reproduz a vontade,
formando as vacarias (Vacaria del Mar). Em
1682 os jesuítas retornam ao RS e fundam sete reduções.
Aqui começa nossa história. O primeiro contato da região com o homem
europeu aconteceu na segunda metade do século XVII, quando os padres jesuítas,
após fundarem São Miguel, desceram da região dos Setes Povos das Missões e
instalaram-se aqui, fundando a Redução de Santo André dos Guenoas, em 1683, nos
limites entre Bagé e Dom Pedrito. Porém, os índios daqui (que os padres
pretendiam catequizar) eram rebeldes em relação aos índios missionários e aos
homens brancos e destruíram a redução.
O
Tape foi distribuído em estâncias, e a região que equivale hoje à nossa Diocese
pertencia à Redução de São Miguel, indo desde Santa Maria até o Rio Negro, onde
hoje é Hulha Negra. Os índios traziam consigo seus santos padroeiros e nos
postos criados para cuidar do gado – daí vem o nome de posteiros – tinham
também suas orações e eram visitados periodicamente pelos padres Jesuítas.
Percebe-se que também parte das estâncias de São Nicolau, Santa Maria Maior e
Conceição (estas últimas ficavam na Argentina, mas tinham estâncias aqui, como
Japejú, que está no território da hoje diocese de Uruguaiana), faziam parte do
hoje território diocesano.
No
século dezenove, com o fim das reduções e a chegada dos imigrantes – açorianos,
alemães e italianos – surgem os povoamentos, especialmente na região
fronteiriça, como Bagé, Livramento, Dom Pedrito e arredores, São Gabriel,
Rosário do Sul, Lavras, Pinheiro Machado, Cacequi, São Vicente... Nesta época,
surgem as primeiras Paróquias: São Gabriel (1837), Bagé (1846), Lavras do Sul
(1847), Santana do Livramento (1848), Pinheiro Machado (1857), Rosário do Sul
(1859), Dom Pedrito (1859).
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