quarta-feira, 9 de outubro de 2019


Aparecida e Sínodo

        
      Na semana da novena em honra à Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, começou o Sínodo para a Pan-Amazônia.
         Os temas caminham juntos: Com Maria, escolhidos e enviados em missão! O tema da Novena e Festa e todo o material de divulgação quer motivar os devotos a refletirem sobre a missionariedade e os desafios do povo da Amazônia, inspirados no Sínodo e traz as discussões sobre Amazônia – novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral.
        Sínodo é uma palavra que quer dizer caminhar juntos. No discurso de abertura, o Papa Francisco falou que este sínodo tem quatro dimensões: pastoral, cultural, social e ecológica.  “A primeira é essencial porque abarca tudo e vemos a realidade da Amazônia com olhos dos discípulos, porque não existem hermenêuticas neutras, assépticas, sempre estão condicionadas a uma opção prévia, e a nossa opção prévia é a dos discípulos. Mas também com olhos missionários, porque o amor que o Espírito Santo colocou em nós nos impulsiona ao anúncio de Jesus Cristo."
         Novos caminhos diante dos desafios. Este é o grande tema, que serve para todos nós, não só na Igreja. Diante dos muitos desafios e diante de novos problemas, não podemos usar o mesmo remédio de sempre. Os tempos são outros. Os desafios são muitos. As soluções devem sempre acompanhar a realidade. Não podemos usar remédio velho para doença nova.
         Fazer sínodo é caminhar juntos.
        A Igreja deve ter esta dimensão da sinodalidade e a dimensão da missionariedade. A Igreja precisa definir novos caminhos. “Ela (a Igreja) não pode ficar sentada em casa, cuidando de si mesma, cercada de muros de proteção. Muito menos ficar olhando para trás com certa nostalgia de tempos passados. Precisa abrir as portas, derrubar muros que a cercam e construir pontes, sair e pôr-se a caminho na história”, disse o Cardeal Cláudio Hummes, brasileiro, relator do Sínodo.
         “A Amazônia é uma terra de missão, com características próprias, que exigem de nós adequadas propostas para dar uma resposta à necessidade de evangelizar. Por outro lado, o Sínodo deverá enfrentar a provocação causada pela questão ambiental, respondendo com uma ecologia integral”, falou o Cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do sínodo.
          É esta a proposta do Sínodo para a Amazônia: encontrar caminhos novos para a missão da Igreja e para uma ecologia integral. Caminhos novos para a Igreja, para que passemos de uma Igreja que visita para uma Igreja que permanece, que acompanha e se faz presente na vida do povo, especialmente nas comunidades mais distantes dos centros urbanos, as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pequenos agricultores. Para isto se faz necessário rever os critérios para os ministérios ordenados e inspirados pelas primeiras comunidades, conforme nos apresenta os Atos dos Apóstolos (6, 1-7), criar novos ministérios para responder às necessidades da comunidade.
         Caminhos novos para uma ecologia integral para que possamos assumir, como parte de nossa missão evangelizadora, a defesa da vida, a vida do território amazônico, de seus povos, da igreja e do planeta.



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