sábado, 17 de fevereiro de 2018

Paz e superação da violência


       A Campanha da Fraternidade, que oficialmente inicia na Quarta-feira de Cinzas, dia catorze de fevereiro, em 2018 vai abordar o tema da Fraternidade e a superação da violência e como lema a frase bíblica de Jesus: Vós sois todos irmãos (Mt 23,8).

       O grande objetivo – objetivo geral – é “construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus como caminho de superação da violência”.

         E nos propõe alguns objetivos específicos:

  •            Anunciar a Boa-Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal;
  •         Analisar as múltiplas formas de violência, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira;
  •        Identificar o alcance da violência, nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação, a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça, em sintonia com o Ensino Social da Igreja;
  •          Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão;
  •          Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas para superação da desigualdade social e da violência;
  •          Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência.


O Texto Base, elaborado com a metodologia do ver, julgar e agir, nos alerta que a experiência de estar exposto a situações de violência é relatada por um grande número de brasileiros. Não se trata de uma percepção isolada e meramente subjetiva. Os episódios de violência intensificaram-se e tornaram-se comuns também em cidades pequenas e médias, deixando de ser um fenômeno típico das grandes metrópoles. No entanto, sempre encontramos muitos lugares onde existe a preservação da harmonia e da paz ou foi construída uma vida pacífica e fraterna.
E continua: “a violência direta é que chama a atenção. Essa forma de violência acontece quando uma pessoa usa a força contra outra. Mais de um agressor e mais de uma vítima podem tomar parte em tal evento. Porém, vemos crescer sempre mais as formas coletivas e organizadas da prática e violência”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência se caracteriza pelo uso intencional da força contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo de pessoas. Essa violência pode resultar em danos físico, sexual, psicológico ou morte.
A violência não será superada com medidas que ignorem a complexidade do problema. É preciso compreender que a “violência não é um caso apenas reservado ao tratamento policial, à lei, mas é uma questão social, que requer a atenção e a participação de toda a sociedade para ser enfrentada”.

Nesta Campanha da Fraternidade desejamos refletir a realidade da violência, rezar por todos os que sofrem violência e unir as forças da comunidade para superá-la. Vamos lançar um olhar também para os rumos e os impasses que, há décadas, vêm dominando as políticas públicas de segurança.



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