Todos nós temos o DNA de Deus. Deus é amor e nós devemos viver o amor.
Certas
vidas são tão impressionantes que são admiradas até por quem tem outras crenças
ou outra cultura. Assim, por exemplo, São Francisco de Assis, que foi escolhido
como homem do milênio, e a escolha
foi aprovada por católicos, evangélicos e não cristãos. O exemplo desse homem
ultrapassou o seu grupo religioso. O mesmo acontece com Gandhi, um hindu que
serviu de inspiração para o cristão Martin Luther King, pastor batista, no seu
projeto de defesa da igualdade de direitos para brancos e negros nos Estados
Unidos. Luther King dizia que seu ideal de conquista pacífica dos almejados
direitos se inspirava na doutrina de Jesus e na metodologia de Gandhi. Atues
admiram a religiosa, agora canonizada, Madre Teresa de Calcutá e o valente e
caridoso D. Hélder Câmara. Cristãos citam com respeito a luta de gente que até
nem acredita em Deus mas trabalha por um mundo melhor, nas artes, na política,
na sua profissão ou na comunidade.
O
que todos esses têm em comum e ultrapassa as fronteiras dos povos e religiões é
o amor ao próximo, à verdade, aos direitos humanos, à justiça. Esse é um valor
indiscutível e primordial para os seres humanos. Para Deus também.
O
amor é a essência do cristianismo e o testemunho mais potente que um cristão
pode dar. São João, na sua Primeira Carta, fala que Devemos “nos
amar uns aos outros, pois o amor é de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus
e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor”
(1 Jo 4,7-8). Com isso afirmamos que o DNA de Deus é o amor. E esse DNA está
presente estruturalmente, intrinsicamente, em cada “célula” dos seres humanos,
em nossa vida. É o amor que nos distingue como filhos e filhas desse Pai. O
amor do Pai é a “prova”, o “teste” que garante: somos chamados filhos de Deus. E nós o somos!
O amor nunca é pra si
mesmo. Sempre é doação. Ser amado leva a amar. No Evangelho, Jesus sempre fala
do amor em rede: podemos amar porque somos amados; Ele nos ama como o Pai O
amou; nós somos convidados a amar os outros como Ele nos ama. É como uma fonte
que vem do Pai, passa por Jesus, chega à comunidade, satisfaz nossas
necessidades e deve ir aos outros.
O
amor que Jesus nos pede é parecido com o dele: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Ele não diz “amem-me
porque eu amei vocês”. A retribuição que ele quer não é para ele: é para
oferecer aos outros.
Esse
amor é uma grande notícia a ser espalhada. Jesus nos oferece esse amor “para
que a sua alegria esteja em nós e a nossa alegria seja completa” (Jo 15,11).
Esse amor, visível, circulante é motivo de alegria, impressionava quem conhecia
as primeiras comunidades: “Vejam como eles se ama”.
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