quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Uma Campanha pelos Biomas

Um Olhar de Fé:

Buscando alertar para o cuidado da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, a Campanha da Fraternidade 2017 terá início em todo o país no dia 1º de março. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”, a iniciativa traz uma reflexão sobre o meio ambiente e sugere uma visão global das expressões da vida e dos dons da criação. 
Esta C­ampanha tem como Objetivo Geral “cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho.”
Os Objetivos Específicos são:
·         Aprofundar o conhecimento de cada bioma, de suas belezas, de seus significados e importância para a vida no planeta, particularmente para o povo brasileiro.
·         Conhecer melhor e nos comprometer com as populações originárias, reconhecer seus direitos, suja pertença ao povo brasileiro, respeitando sua história, suas culturas, seus territórios e seu modo específico de viver.
·         Reforçar o compromisso com a biodiversidade, os solos, as águas, nossas paisagens e o clima variado e rico que abrange o chamado território brasileiro.
·         Compreender o impacto das grandes concentrações populacionais sobre o bioma em que se insere.
·         Manter a articulação com outras igrejas, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e todas as pessoas de boa vontade que querem a preservação das riquezas naturais e o bem-estar do povo brasileiro.
·         Comprometer as autoridades públicas para assumir a responsabilidade sobre o meio ambiente e a defesa desses povos.
·         Contribuir para a construção de um novo paradigma econômico ecológico que atenda às necessidades de todas as pessoas e família, respeitando a natureza.
·         Compreender o desafio da conversão ecológica a que nos chama o Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si’ e sua ralação com o espírito quaresmal.
Bioma quer dizer a vida que se manifesta em um conjunto semelhante de vegetação, água, superfície e animais. Uma “paisagem” que mostra uma unidade entre os diversos elementos da natureza. “Um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação é similar e contínua, cujo clima é mais ou menos uniforme, e cuja formação tem uma história comum. (Texto-base n. 5)
Lembramos que os biomas brasileiros são seis no total: a Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa, que é onde nós vivemos. Há teses de sete e até oito biomas, considerando os manguezais como um deles e outro marinho, mas esse não o reconhecimento oficial.

Com o objetivo de ajudar às famílias, comunidades e pessoas de boa vontade a vivenciarem a iniciativa, o texto-base da CF aponta uma série de atividades que ajudarão a colocar em prática as propostas incentivadas pela Campanha. Além disso, ele também propõe ações de caráter geral, que indicam a necessidade da conversão pessoal e social, dos cristãos e não cristãos, para cultivar e cuidar da criação.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Uma história que continua

Um Olhar de Fé:

Os anos sessenta foram de muitas transformações. Em todos os setores e em todos os sentidos. Na Igreja Católica foi o tempo do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellín. Foi também a década em que se falava muito no “desenvolvimento integral do homem todos e de todos os homens”. Em que se organizava não só para “assistir os necessitados, mas sim promove-los”.
Neste contexto, surge a Cáritas Brasileira, que completou sessenta anos em 2016. Foi neste tempo que surgem as Cáritas Diocesanas, em alguns lugares com o nome jurídico de “Ação Social Diocesana”, como foi o caso de Diocese de Bagé.
Segundo a página da Ação Social Diocesana no Facebook, ela “é uma associação de duração ilimitada, sem fins lucrativos, fundada pela Mitra Diocesana de Bagé em 22 de Janeiro de 1967. Com sede na cidade de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, atua em âmbito diocesano com objetivo de dar assistência aos trabalhos realizados nas Paróquias, Comunidades e Pastorais Sociais da Diocese. É entidade membro da Cáritas Brasileira desde sua fundação, fazendo sua a missão institucional de "testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social.
Ao longo dos 50 anos de existência, a Ação Social Diocesana/Cáritas de Bagé tem acompanhado as Paróquias e Pastorais Sociais da diocese, grupos e movimentos sociais, priorizando em sua ação, “olhar para as pessoas em situação de vulnerabilidade, de risco e/ou exclusão social, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus.”
Muitas pessoas fizeram e fazem parte desta história, que vai se moldando aos tempos e às circunstâncias. Uma história de muita fé, amor e esperança, na crença de que é possível resgatar o ser humano e criar um outro mundo possível.
Uma história de alegrias e tristezas, sucessos e provações, dificuldades   e vitórias. Uma história de muita solidariedade, de muita caridade solidária.
Uma história que continua, porque “Somos todos Cáritas, Somos todos Solidariedade!”




quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Campanha da Fraternidade 2017

Um Olhar de Fé:
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou o texto-base da Campanha da Fraternidade (CF) de 2017. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da visa” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), a iniciativa alerta para o cuidado da criação, de modo especial dos biomas brasileiros.
Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o bispo, a Campanha deseja, antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração! A beleza que toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.
Além de abordar a realidade dos biomas brasileiros e as pessoas que neles moram, a Campanha deseja despertar as famílias, comunidades e pessoas de boa vontade para o cuidado e o cultivo da Casa Comum. Para ajudar nas reflexões sobre a temática são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal.
Dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, o texto-base faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões sobre os biomas e os povos originários, sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Bem-vindo 2017!

Um Olhar de Fé:

            Ano 2017 pelo calendário gregoriano. Ano 6730 do período Juliano. Ano hebraico 5777 (começa no dia 21 de setembro de 2017). Ano islâmico 1438 da Hégira (começou no 2 de outubro 2016; o ano 1439 começa no 9 setembro 2017).
            Ano começou com a posse dos novos prefeitos e vices e respectivas câmaras municipais de vereadores por quatro anos de muitas expectativas de melhoras, em todos os municípios brasileiros.
            Ano em que a Igreja Católica celebra 300 anos do encontro, por pescadores, da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. E por isso será um Ano Mariano, que encerra no dia onze de outubro.
              Ano em que se completa o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, a três crianças: Lúcia, Jacinta e Francisco.
             A Campanha da Fraternidade de 2017 tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e como lema: Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15).
          A Diocese de Bagé comemora e celebra os 50 anos da Ação Social Diocesana (Cáritas), durante todo o ano, culminando com um grande encontro de todas as Comunidades Eclesiais no dia 25 de junho, no Colégio Santa Teresa, em Livramento.
            Ano em que a Romaria da Terra, iniciada em São Gabriel, vive seus 40 anos, com uma grande celebração no dia 28 de fevereiro, em Pontão, diocese de Passo Fundo, junto ao Assentamento Fazenda Anonni, com o tema: “Terra de Deus, Terra de Irmãos”.
            Bem-vindo 2017! Que seja um ano melhor para todos. Cada ano deve ser melhor que o anterior. O amanhã deve ser melhor que o hoje, que foi melhor que o ontem. Acreditemos na vida. Lutemos pelo amor. Construamos a solidariedade, com ética e dignidade, cuidado sempre da Casa Comum. E não deixemos a esperança morrer em nós!


Dia Mundial da Paz

Um Olhar de Fé:

Na Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz, dia Primeiro de Janeiro, o Papa Francisco lembra a primeira, do Papa Paulo VI, que dirigiu-se a todos os povos: “A paz é a única e verdadeira linha do progresso humano”. “No início deste novo ano, formulo sinceros votos de paz aos povos e nações do mundo inteiro, aos chefes de Estado e de governo, bem como aos responsáveis das Comunidades Religiosas e das várias expressões da sociedade civil. Almejo paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma dignidade imensa. Façamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida”, escreve Francisco.
Ele recorda que “o século passado foi arrasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um grande número de outros conflitos, hoje, infelizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços. Não é fácil saber se o mundo de hoje seja mais ou menos violento que o de ontem, nem se os meios modernos de comunicação e a mobilidade que caracteriza a nossa época nos tornem mais conscientes da violência ou mais rendidos a ela”.
“Esta violência que se exerce ‘aos pedaços’, de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental. E para quê? Porventura a violência permite alcançar objetivos de valor duradouro? Tudo aquilo que obtém não é, antes, desencadear represálias e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a poucos ‘senhores da guerra’?”
O Papa Francisco coloca a não-violência como caminho de paz: “Se a origem donde brota a violência é o coração humano, então é fundamental começar por percorrer a senda da não-violência dentro da família. ... Esta constitui o cadinho indispensável no qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cuidar uns dos outros desinteressadamente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão.”
“Uma ética de fraternidade e coexistência pacífica entre as pessoas e entre os povos não se pode basear na lógica do medo, da violência e do fechamento, mas na responsabilidade, no respeito e no diálogo sincero. Neste sentido, lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética. Com igual urgência, suplico que cessem a violência doméstica e os abusos sobre mulheres e crianças”.

E ele termina: “Todos desejamos a paz; muitas pessoas a constroem todos os dias com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a dificuldade de tantas tentativas para a construir”. No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações, palavras e gestos a violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum. “Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz”.