terça-feira, 22 de setembro de 2015

O que é uma Romaria

Um Olhar de Fé:
............Todas as religiões têm suas peregrinações e devoções. Assim fazia o Povo de Deus já no Antigo Testamento. A primeira família que fez uma grande peregrinação foi a de Abraão e Sara, que peregrinaram, com outras famílias, em busca de um melhor lugar para se viver.
............A saída da escravidão do Egito para a liberdade, na passagem do Mar Vermelho, lembra a Páscoa, que todos os anos os hebreus celebram, até os dias de hoje.
............No Novo Testamento, vemos Jesus, Maria e José indo em peregrinação até Jerusalém para pagarem suas promessas, como todo o povo fazia (Lc 2,41ss). Fazia parte de sua religiosidade ir, ao menos uma vez por ano, até o Templo, numa de suas festas. Aos judeus da diáspora se pedia que fossem a Jerusalém ao menos uma vez na vida.
............No Dicionário Enciclopédico da Bíblia (A. Van den Born, Editora Vozes), “a romaria é uma viagem para um lugar sagrado, empreendida por motivos religiosos. Baseia-se na convicção de que a divindade quer dar os seus favores em lugares privilegiados”.
............No Cristianismo, desde o início ia-se a Roma visitar os lugares sagrados onde os Apóstolos Pedro e Paulo e tantos outros mártires e testemunhas da fé deram suas vidas. Este “caminhar até Roma” virou ROMARIA. Este costume estendeu-se a tantos lugares e santuários do mundo cristão. Toda romaria sempre foi e é uma caminhada simbólica para um lugar importante da Fé e da Vida.
............A Diocese de Bagé celebra sua Romaria Diocesana sempre no último domingo de setembro, ao Santuário de Nossa Senhora Conquistadora. E para o ano que vem – 2016 – sediará a 39ª. Romaria da Terra, no local do Martírio de São Sepé Tiarajú, em São Gabriel, no da nove de fevereiro.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Mês da Bíblia


            Santo Agostinho, que viveu entre os séculos quarto e quinto, dizia que “beijar a Bíblia é beijar o rosto de Deus”. Com isso ele manifestava o carinho e o respeito que os cristãos têm com a Escritura Sagrada.
            Na verdade, não é “um” livro, mas “o” Livro. São 73 cartas de amor, escritas em diversas situações e épocas, onde Deus vai se revelando e revelando seu amor para com a humanidade, que Ele criou à sua imagem e semelhança.
            Carlos Mesters, biblista, nos ensina que Deus fez o mundo bem feito: “e viu que todo era bom”, como está escrito no Gênesis. Mas a humanidade deixou o mundo se estragar, por seu egoísmo, preferindo seguir o seu caminho, em vez de continuar construindo o mundo conforme o projeto do Criador. Por causa disso a construção se entortou, a carga ficou torta.
            Foi para endireitar a carga torta e restaurar o mundo que Deus escreveu suas cartas, sempre recordando o caminho a seguir e o paraíso a construir. São Jerônimo dizia que o primeiro livro que Deus escreveu foi a vida. O segundo foi a Bíblia, justamente para iluminar a primeira. Por isso, não se pode ler a Bíblia sem ligá-la com a vida.
            Este ano vamos concluir a leitura e o estudo dos quatro evangelhos, com a inspiração de João e o tema “Discípulos Missionários a partir do Evangelho de João” e o lema “Permanecei no Meu amor para produzir muitos frutos” (cf. Jo 15,9-16).
             A sugestão é diariamente ler um capítulo (ou parte dele), de uma forma orante, mas cuidadosa e estudada, aproveitando os recursos que muitas bíblias nos oferecem, como ler bem a introdução, os comentários aos rodapés, olhar os mapas, etc... 



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A responsabilidade no aumento da criminalidade

Um Olhar de Fè:

               Muito se tem falado sobre violência. Lembro alguns anos atrás, em 1983, numa Campanha da Fraternidade, se pedia por FRATERNIDADE SIM, VIOLÊNCIA NÃO. O texto dizia – e já se passaram mais de trinta anos – que a “violência noticiada, divulgada e transmitida ruidosamente pelos meios de comunicação social” já é uma forma de violência (TB n.5).
            E acrescentava: “violência é tudo o que fere ou esmaga a dignidade de qualquer pessoa humana. Violência são todas as formas de violação do corpo, da consciência e da vida: todas as formas de violação dos direitos humanos” (TB n.4).
            Há uma constatação nos telejornais: ao invés de prestarem um bom serviço à sociedade, se tornaram uma escola do crime. Independente do horário ou do dia, da cidade ou do Estado, nossos telejornais (locais ou nacionais) são verdadeiros repositórios de notícias ruins – crimes, mortes, acidentes, tragédias…A responsabilidade da TV pelo aumento da criminalidade
             São raros os momentos em que não vemos a propagação do ódio entre pessoas. Talvez isso só ocorra na hora de apresentar a previsão do tempo, ou de falar sobre esportes (desde que não mostre nenhuma agressão). Se tem um “assunto da moda”, de preferência envolvendo muito sofrimento e brutalidade, aí é que os jornais só falam sobre isso.
            O mais “engraçado” disso tudo é que a maior parte dos crimes que são noticiados acabam sendo repetidos, inclusive na forma de atuação, passoapasso, segundo constata Pedro Magalhães Ganem, capixaba, pós-graduado em Processo Civil e pós-graduando em Ciências Criminais. Por isso, o objetivo de levantar debates acerca das situações jurídicas (e da vida) que nos incomodam.
            E continua ele: mais parece que os telejornais, ao invés de prestar um bom serviço à sociedade, se tornaram uma escola do crime. Não sabe como praticar determinado crime?! Assista aos telejornais, pois eles te dirão como fazer!

            E acrescenta: “Tento entender qual a necessidade de passar a reconstituição de crimes bárbaros em rede nacional e, o mais impressionante, a perseguição policial (que pode resultar, como resultou, na exibição de um homicídio ao vivo), com direito a narrador, comentarista esportivo e de arbitragem, além dos repórteres de campo. Na verdade, o mais triste nem é ver na televisão (24 h por dia) essas aulas de prática criminosa. O pior mesmo é saber que isso é muito noticiado por ter público para assistir (ô se tem!).