quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A responsabilidade no aumento da criminalidade

Um Olhar de Fè:

               Muito se tem falado sobre violência. Lembro alguns anos atrás, em 1983, numa Campanha da Fraternidade, se pedia por FRATERNIDADE SIM, VIOLÊNCIA NÃO. O texto dizia – e já se passaram mais de trinta anos – que a “violência noticiada, divulgada e transmitida ruidosamente pelos meios de comunicação social” já é uma forma de violência (TB n.5).
            E acrescentava: “violência é tudo o que fere ou esmaga a dignidade de qualquer pessoa humana. Violência são todas as formas de violação do corpo, da consciência e da vida: todas as formas de violação dos direitos humanos” (TB n.4).
            Há uma constatação nos telejornais: ao invés de prestarem um bom serviço à sociedade, se tornaram uma escola do crime. Independente do horário ou do dia, da cidade ou do Estado, nossos telejornais (locais ou nacionais) são verdadeiros repositórios de notícias ruins – crimes, mortes, acidentes, tragédias…A responsabilidade da TV pelo aumento da criminalidade
             São raros os momentos em que não vemos a propagação do ódio entre pessoas. Talvez isso só ocorra na hora de apresentar a previsão do tempo, ou de falar sobre esportes (desde que não mostre nenhuma agressão). Se tem um “assunto da moda”, de preferência envolvendo muito sofrimento e brutalidade, aí é que os jornais só falam sobre isso.
            O mais “engraçado” disso tudo é que a maior parte dos crimes que são noticiados acabam sendo repetidos, inclusive na forma de atuação, passoapasso, segundo constata Pedro Magalhães Ganem, capixaba, pós-graduado em Processo Civil e pós-graduando em Ciências Criminais. Por isso, o objetivo de levantar debates acerca das situações jurídicas (e da vida) que nos incomodam.
            E continua ele: mais parece que os telejornais, ao invés de prestar um bom serviço à sociedade, se tornaram uma escola do crime. Não sabe como praticar determinado crime?! Assista aos telejornais, pois eles te dirão como fazer!

            E acrescenta: “Tento entender qual a necessidade de passar a reconstituição de crimes bárbaros em rede nacional e, o mais impressionante, a perseguição policial (que pode resultar, como resultou, na exibição de um homicídio ao vivo), com direito a narrador, comentarista esportivo e de arbitragem, além dos repórteres de campo. Na verdade, o mais triste nem é ver na televisão (24 h por dia) essas aulas de prática criminosa. O pior mesmo é saber que isso é muito noticiado por ter público para assistir (ô se tem!).


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