É
Natal mais uma vez. Como os tempos passam com tanta rapidez! Celebrar o Natal é
dar destaque para uma Festa de um aniversário sempre novo, porque o
aniversariante não fica velho, e nem aquele que consegue encontrá-Lo nesse
momento privilegiado do ano. É a presença de Deus na história do passado e do
presente, realizando um plano de salvação, transformando o egoísmo e a
violência em amor e paz.
Deus,
ao enviar seu Filho ao mundo, fez uma trajetória humana, contando com a
intermediação da jovem Maria de Nazaré, uma mulher autônoma, amorosa, livre e
determinada para realizar o projeto pontuado pelos profetas no Antigo
Testamento. Ação determinada pela decisão de uma mulher, superando todos os
conceitos que privilegiavam o sexo masculino nas decisões.
No
contexto do Natal, toda cena, que marcou a história do povo de Deus, envolvendo
o recenseamento, a manjedoura e o nascimento de Jesus, foi preconizada por uma
esperança messiânica de vida nova. Isso já estava contido no anúncio do Anjo a
Maria, dizendo que ela daria a vida a um ser humano, mas também divino, pela
ação do Espírito Santo.
Dizer
hoje “Feliz Natal” para alguém é desejar que haja comprometimento com a Pessoa
de Jesus Cristo. É como abrir espaço no coração, fazendo aí morada digna de
Deus. Então, Natal é mais do que uma festa de um nascimento histórico. É uma
vida divina que vem ao encontro de uma vida humana, para resgatá-la das amarras
da servidão e da escravidão, que sufoca a dignidade das pessoas.
O
Evangelho é muito claro quando fala de Jesus Cristo. Mostra a caminhada de José
e Maria saindo da Galileia para a Judeia, para cumprir a ordem estabelecida
pelo governador, de que todos deveriam ser recenseados. Maria estava nos
últimos tempos de gravidez, tendo que enfrentar o desafio da carência de
hospedagem na cidade de Belém, onde nasceu Jesus.
Natal
é mistério, mesmo que a cultura hodierna não consiga atingir sua total dimensão
e sua riqueza como resposta da fidelidade de Deus para com as necessidades do
mundo. No meio de tantos desafios como violência, injustiça, desmandos,
agressão à vida, Deus conduz a história num projeto totalmente de amor. Ele é o
Emanuel, o Deus conosco, que quer de nós um “sim” de responsabilidade.
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