Educar na fé
O Papa Francisco, com sua
simplicidade e grande percepção, diante de uma multidão de fiéis na Praça São
Pedro, falou que “é bom dizer-se cristãos, mas é preciso antes de tudo ser cristãos nas situações
concretas, testemunhando
o Evangelho, que é, essencialmente,
amor por Deus e pelos irmãos.” Dizer-se
cristão não é o mesmo que ser cristão, é preciso coerência.
A
educação na fé vem pelo anúncio e pelo testemunho. Estas duas dimensões não
podem, jamais, estar separadas. Anunciar o que se crê, viver o que
se anuncia.
Nesta
semana, em que celebramos o Dia Nacional do Catequista, queremos lembrar a 4ª Semana Brasileira de
Catequese, que será realizada de 14 a 18 de novembro, em Itaici-SP, que tem como objetivo
geral “compreender a catequese de inspiração catecumenal à
serviço da iniciação à vida Cristã, buscando novos caminhos para a transmissão
da fé, no contexto atual.”
Neste encontro nacional, vai se refletir sobre a
condição humana, a busca de sentido e a crise de fé na contemporaneidade;
apresentar a iniciação à vida cristã como eixo articulador da ação
evangelizadora a serviço da qual está a catequese (Doc. 107,76); compreender o
querigma e a mistagogia como caminho de renovação da comunidade e da formação
do discípulo missionário de Jesus Cristo; partilhar experiências significativas
da catequese a serviço da iniciação à vida cristã dos regionais.
Existe
hoje uma grande preocupação em como anunciar Jesus Cristo num mundo plural, com
novos interlocutores. Com o seguimento de Jesus e o sentido da vida. Com o
querigma e a transmissão da fé no contexto atual. Com o celebrar e iniciar ao
mistério: a liturgia. Com o “do encontro com Jesus ao encontro com o irmão:
viver em comunidade.” Outra grande inquietação é a catequese na era digital,
com suas novas linguagens.
Penso que
a catequese, para criar resultados duradouros e consistentes, deva ser levada,
anunciada, vivida e testemunha em três espaços essenciais: a família, a
comunidade e o encontro catequético propriamente dito. Os encontros
catequéticos são a última etapa desta caminhada, e não o início.
Tudo
começa na família. Os pais (ou avós, ou padrinhos, ou algum irmão ou irmã mais
velha), devem ser os primeiros catequistas de seus filhos. A fé vem pelo
exemplo, pela atração. Se a família reza, a criança vai criar o gosto e o
hábito pela oração. Se a família vai junto à Igreja, o exemplo vai marcar e
arrastar.
Tudo
continua na comunidade, que é o espaço onde se faz a experiência de sermos
irmãos e irmãs, onde se faz a experiência da partilha da fé, do ser Igreja, do
pertencer à uma comunidade de fé. É na comunidade que explicitamos, pública e
comunitariamente, nossa adesão ao Jesus Caminho, Verdade e Vida.
E
tudo continua nos encontros de catequese, onde a Igreja acolhe as crianças,
jovens e adultos para aprofundarem esta experiência salvífica. Fazer o processo
inverso, sempre é mais difícil e os resultados são menores.
Que
nossos catequistas, verdadeiras mães e pais da fé, tenham nosso apoio,
incentivo, preces e reconhecimento.
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