quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Educar na fé    
      
          O Papa Francisco, com sua simplicidade e grande percepção, diante de uma multidão de fiéis na Praça São Pedro, falou que “é bom dizer-se cristãos, mas é preciso antes de tudo ser cristãos nas situações concretas, testemunhando o Evangelho, que é, essencialmente, amor por Deus e pelos irmãos.”  Dizer-se cristão não é o mesmo que ser cristão, é preciso coerência.

        A educação na fé vem pelo anúncio e pelo testemunho. Estas duas dimensões não podem, jamais, estar separadas. Anunciar o que se crê, viver o que se anuncia.

        Nesta semana, em que celebramos o Dia Nacional do Catequista, queremos lembrar a 4ª Semana Brasileira de Catequese, que será realizada de 14 a 18 de novembro, em Itaici-SP, que tem como objetivo geral “compreender a catequese de inspiração catecumenal à serviço da iniciação à vida Cristã, buscando novos caminhos para a transmissão da fé, no contexto atual.”

          Neste encontro nacional, vai se refletir sobre a condição humana, a busca de sentido e a crise de fé na contemporaneidade; apresentar a iniciação à vida cristã como eixo articulador da ação evangelizadora a serviço da qual está a catequese (Doc. 107,76); compreender o querigma e a mistagogia como caminho de renovação da comunidade e da formação do discípulo missionário de Jesus Cristo; partilhar experiências significativas da catequese a serviço da iniciação à vida cristã dos regionais.

        Existe hoje uma grande preocupação em como anunciar Jesus Cristo num mundo plural, com novos interlocutores. Com o seguimento de Jesus e o sentido da vida. Com o querigma e a transmissão da fé no contexto atual. Com o celebrar e iniciar ao mistério: a liturgia. Com o “do encontro com Jesus ao encontro com o irmão: viver em comunidade.” Outra grande inquietação é a catequese na era digital, com suas novas linguagens.

       Penso que a catequese, para criar resultados duradouros e consistentes, deva ser levada, anunciada, vivida e testemunha em três espaços essenciais: a família, a comunidade e o encontro catequético propriamente dito. Os encontros catequéticos são a última etapa desta caminhada, e não o início.

        Tudo começa na família. Os pais (ou avós, ou padrinhos, ou algum irmão ou irmã mais velha), devem ser os primeiros catequistas de seus filhos. A fé vem pelo exemplo, pela atração. Se a família reza, a criança vai criar o gosto e o hábito pela oração. Se a família vai junto à Igreja, o exemplo vai marcar e arrastar.

       Tudo continua na comunidade, que é o espaço onde se faz a experiência de sermos irmãos e irmãs, onde se faz a experiência da partilha da fé, do ser Igreja, do pertencer à uma comunidade de fé. É na comunidade que explicitamos, pública e comunitariamente, nossa adesão ao Jesus Caminho, Verdade e Vida.

         E tudo continua nos encontros de catequese, onde a Igreja acolhe as crianças, jovens e adultos para aprofundarem esta experiência salvífica. Fazer o processo inverso, sempre é mais difícil e os resultados são menores.
           Que nossos catequistas, verdadeiras mães e pais da fé, tenham nosso apoio, incentivo, preces e reconhecimento.
  
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário