Estamos no mesmo barco,
sem espaço para egoísmo e individualismo
Chegou o outono, esperançando a
primavera que virá!
Nenhuma noite, por mais escura e longa que seja, dura para
sempre...
Todas as noites, também as longas e escuras, estão grávidas do
amanhecer! Esperancemos, pois temos um longo caminho a percorrer!
Não permitamos que o medo nos
aprisione e paralise...
A COMPAIXÃO É O SERVIÇO MAIS
ESSENCIAL!
Não pode haver espaço
para o egoísmo e o individualismo: estamos no mesmo barco. Este é o momento
para viver e mostrar solidariedade, uma oportunidade para sentirmo-nos cidadãos
do mundo e membros da única família que é a humanidade.
Escrevo sobre a situação causada pelo coronavírus no mundo,
pensando no bem comum e na saúde de todos.
Neste contexto, as regras colocadas devem ser observadas não por
medo, mas por amor. Devemos agir respeitando estritamente as regras para não
infectar os outros, ou seja, por amor aos outros. Devemos pensar no bem de
todos. A suspensão dos encontros e da Missa dominical devem ser vistos como um
ato de solidariedade por toda a humanidade e como um gesto de amor ao próximo,
aos nossos vizinhos, aos nossos colegas.
Esta Quaresma que estamos vivendo nos convida a um jejum ao qual
nunca havíamos pensado: a privação involuntária da Eucaristia. Mas tudo isso
pode literalmente levar ao convite de Jesus em relação à oração onde ele diz:
"Quando orardes, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em
segredo".
O coronavírus nos recorda que somos mortais, que somos fracos, que
o homem não é onipotente, que a tecnologia e a ciência não podem resolver tudo.
É uma lição de humildade para todos, pois o vírus não respeita
fronteiras e não faz distinção entre um país e outro. E as medidas que um país
toma têm repercussões imediatas em outros, na economia mundial, no comércio e
nas comunicações. Não há espaço para o egoísmo e o individualismo: estamos no
mesmo barco.
Não
devemos acreditar que o coronavírus seja um castigo de Deus, seria uma
blasfêmia. Não responsabilizemos Deus por aquilo que é nossa responsabilidade,
responsabilidade do nosso modo de vida, do nosso modo de agir.
Retornemos a Deus na
oração, para pedir a Ele que nos liberte desse flagelo, mas assumindo nossas
responsabilidades. A pandemia nos faz parar, nos obriga a ficar em casa, nos dá
tempo para nós mesmos e para a família. Mas o importante é viver tudo isso no
contexto da fé.
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