quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Fazer o que Ele nos disse


            O Evangelho de João coloca Jesus realizando sete sinais. O primeiro deles é nas Bodas de Caná, onde ele “obedece” a sua mãe, que pede aos servidores da festa de casamento que “fizessem tudo o que ele dissesse”. 
            João usa da simbologia do casamento para falar da nova criação e da Igreja, que deve ser como uma festa. Não do jeito antigo, legalista, onde o vinho velho provoca bebedeiras. Mas uma nova festa, que exige vinho novo em barris novos, isto é, ideias novas, posturas novas, estruturas novas.
            João nos pede, na verdade, não continuarmos a construção de uma religião baseada em corações petrificados, “barris velhos” (religião baseada no templo e na lei), onde não cabe a novidade Jesus, “o vinho novo”.
            E quem percebe a alta do vinho, que representa o amor? É a mãe, a “mulher”, como Jesus a chama. Ela é mais que a mãe de Jesus. Representa também a comunidade da nova aliança. Nesse senti do, é a esposa nesse casamento. Jesus é o marido dessa aliança. E mais. A mãe de Jesus, por ser a noiva da nova aliança, é a amada-amante que segue no ar o seu amado-amante, tal como os jovens enamorados do livro de Cântico dos Cânticos, como nos explica o biblista Ildo Bohn Gass, no texto-base do 14º. Encontro Estadual de CEBs do Rio Grande do Sul, que acontecerá de 21 a 24 de abril, em Farroupilha.
            Acho genial a frase de Maria para os servidores da esta: “Façam tudo o que ele vos disser”. Eis a nossa missão, eis a nossa bússola, o nosso GPS. Se assim fizermos, teremos a alegria do “vinho novo”, que não empeda nem traz ressaca, mas sim ajuda a construir a verdadeira felicidade. Como num casamento.


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