O
Evangelho de João coloca Jesus realizando sete sinais. O primeiro deles é nas
Bodas de Caná, onde ele “obedece” a sua mãe, que pede aos servidores da festa
de casamento que “fizessem tudo o que ele dissesse”.
João usa da simbologia do casamento
para falar da nova criação e da Igreja, que deve ser como uma festa. Não do
jeito antigo, legalista, onde o vinho velho provoca bebedeiras. Mas uma nova
festa, que exige vinho novo em barris novos, isto é, ideias novas, posturas
novas, estruturas novas.
João nos pede, na verdade, não
continuarmos a construção de uma religião baseada em corações petrificados,
“barris velhos” (religião baseada no templo e na lei), onde não cabe a novidade
Jesus, “o vinho novo”.
E quem percebe a alta do vinho, que
representa o amor? É a mãe, a “mulher”, como Jesus a chama. Ela é mais que a mãe
de Jesus. Representa também a comunidade da nova aliança. Nesse senti do, é a
esposa nesse casamento. Jesus é o marido dessa aliança. E mais. A mãe de Jesus,
por ser a noiva da nova aliança, é a amada-amante que segue no ar o seu
amado-amante, tal como os jovens enamorados do livro de Cântico dos Cânticos,
como nos explica o biblista Ildo Bohn Gass, no texto-base do 14º. Encontro
Estadual de CEBs do Rio Grande do Sul, que acontecerá de 21 a 24 de abril, em
Farroupilha.
Acho genial a frase de Maria para os
servidores da esta: “Façam tudo o que ele vos disser”. Eis a nossa missão, eis
a nossa bússola, o nosso GPS. Se assim fizermos, teremos a alegria do “vinho
novo”, que não empeda nem traz ressaca, mas sim ajuda a construir a verdadeira
felicidade. Como num casamento.
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