quarta-feira, 14 de março de 2018

Por uma cultura de paz


A nossa sociedade está marcada por muitos valores que na verdade são contravalores.
A questão é: em que se aposta para ser feliz? Que valores norteiam nossa vida, nossa política, nossa economia, nossa família, nossa religião, nosso emprego...?
É a questão do ser ou do ter, dos meios e dos fins. Para alcançar um fim (objetivo  da vida), todos os meios servem? O que é mais importante: o capital ou o trabalho, o dinheiro ou a pessoa?
Uma sociedade mais justa, solidária e humana não se constrói sem se fazer este tipo de reflexão. É a questão da ética cidadã, que provoca um humanismo e nos faz ver no outro e na outra não inimigos ou competidores, mas irmãos e parceiros.
Estamos todos no mesmo barco. Não dá para alguns remarem para um lado, outros para o contrário e mais outros torcendo para que o barco afunde.
É tempo de superar a violência. Todas as violências.
É tempo de semear a cultura da paz. Só quando semeamos a paz é que vamos construir o amor.
A superação da violência nasce da relação com o outro. A cultura de paz acontece em todas as realidades da vida e na relação com todos os seres. O primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar é na família. Os comportamentos e estímulos de superação da violência exercitados na família balizam as atitudes a serem desenvolvidas na comunidade e na sociedade.
“Ninguém nasce violento. Contudo, a pessoa pode vir a ser violenta. O comportamento violento emerge como produto final, a partir da reciprocidade entre o comportamento da criança e o efeito desse comportamento sobre as atitudes dos adultos. Portanto, o comportamento violento pode ser aprendido na família e reaplicado socialmente em suas relações ao longo da vida”. (Texto Base CF-2018 n. 209)
Tanto o ambiente familiar como os fatores sociais externos contribuem e interferem no desenvolvimento da violência. Por isso, a busca por uma sociedade que quer a cultura da paz não passa só pela família, como pela efetivação dos direitos humanos. A condição deles existirem, mas não serem assegurados a todas as pessoas, prejudica a prática do amor na sociedade contemporânea.
Vivemos num mundo contraditório. Enquanto alguns gritam pela cultura de paz e propondo saídas para superar a violência, outros incentivam uma cultura bélica, de armamento, de confronto, de morte.
Sugerimos a oração e a espiritualidade como condicionamentos para a superação da violência, para criar uma nova mentalidade e assim termos novas atitudes. Elas nos ajudam à conversão e a mudança de comportamentos e a criar uma verdadeira cultura de paz, onde todos aceitam que “somos irmãos e irmãs”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário