quinta-feira, 23 de maio de 2019

Muralha Verde


           O Papa Francisco tem insistido na importância e necessidade de cuidarmos da Casa Comum,de praticarmos uma ecologia integral, poi tudo esta interligado. Nestes dias, acompanhamos uma boa notícia. Trata-se do projeto “A Grande Muralha Verde”, que pode ajudar a salvar a vida do nosso planeta. Trata-se de um projeto em que catorze países do continente africano colaboram, plantando milhões de árvores em torno do deserto do Saara

       O investimento inicial foi de mais de 6.000 milhões de euros, e o objetivo da Grande Muralha Verde é dividido em duas partes: Por um lado, procura acabar com o efeito negativo da mudança climática. Por outro lado, tenta evitar a desertificação de terras habitadas por milhões de agricultores.
        O principal objetivo deste projeto é acabar com as mudanças climáticas e estão indo muito bem.        Em 2004, a África sofreu sérias consequências devido a isso e, desde então, mais de 20 países começaram a se projetar para deter as mudanças climáticas.

        Deve-se destacar que as organizações internacionais também se uniram para criar a Grande Muralha Verde da África. O projeto começou em 2007 após sua aprovação pela União Africana e os resultados impressionaram o mundo.
        Em princípio, eles planejaram fazer uma parede de árvores de quase 8.500 km de comprimento e 15 km de largura entre o Senegal (oeste) e Djibuti (leste). Com isso, eles pretendem impedir o crescimento do Saara ao sul e evitar que se expandisse ainda mais.


      Depois de dez longos anos de trabalho, já é possível ver os bons resultados em países muito colaborativos como o SenegalMilhões de árvores foram plantadas hoje e um grande número é de espécies nativas, como a ameixa indiana, a árvore do deserto ou as acácias. Logicamente, estas árvores foram escolhidas porque se adaptam aos severos climas africanos, especialmente as acácias que resistem às secas e a sua sombra salvam o uso da água em explorações agrícolas.

             Somente na Nigéria, a muralha verde foi responsável por recuperar 5 milhões de hectares de terras. No Senegal foram 12 milhões de hectares; na Etiópia, 15 milhões. Milhares de pessoas tiveram sua vida transformada drasticamente pelo plantio das árvores, que propiciaram a recuperação de poços artesianos, aumentaram a capacidade agrícola de dezenas de cidades e ofereceram oportunidades de trabalho e renda para os habitantes locais.
          Ainda há muito trabalho, já que o projeto não é apenas plantar árvores. Uma represa e um enorme sistema de irrigação também serão construídos para aumentar a agricultura nos países da África.

           A muralha poderia impedir uma catástrofe humanitária no futuro devido à fome. De acordo com relatórios da ONU, estima-se que cerca de 500 milhões de africanos irão testemunhar o agravamento da qualidade de vida devido ao aquecimento global. Eles também mencionaram que cerca de 50 milhões de pessoas ficaram desabrigadas por causa da desertificação do Saara e do Sahel.
           Quem desmata, mata. Quem semeia, planta vida. Deus fez os rios, as florestas, as terras férteis como fontes de alimento e nós as destruímos, matamos e vamos acabar nos matando também.



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