quarta-feira, 19 de junho de 2019

Corpus Christi A fé na Eucaristia


             Os católicos celebram, no dia 20 de junho, sessenta dias depois da Páscoa, a festa de Corpus Christi (ou Corpo de Deus). Nela é celebrado o mistério do Corpo e do Sangue de Cristo no sacramento da Eucaristia.
           Tornou-se tradicional celebrar essa festa com grande e solene missa, seguida de procissão pública, levando a hóstia consagrada para ser adorada fora dos recintos das igrejas, num testemunho público de fé.
            Em muitos lugares, como em Dom Pedrito, o povo católico enfeita as ruas e janelas de suas casas por onde deve passar a procissão, num gesto de profunda acolhida e reverência ao Cristo Eucarístico.
           A celebração de Corpus Christi é uma festa móvel no calendário litúrgico. Ocorre todos os anos na primeira quinta-feira depois da festa da Santíssima Trindade, ou sessenta dias depois da Páscoa. Recorda a instituição da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, quando Jesus entregou aos apóstolos o pão e o vinho, dizendo-lhes que era seu corpo e seu sangue sacrificados por eles e para os cristãos de todos os tempos, acrescentando que fizessem isso em sua memória. Desde então, esse sacramento tornou-se o centro da vida da Igreja e o ponto de união da Comunidade cristã.

         Origem – Ao longo da história da Igreja surgiram dúvidas quanto à presença do Cristo na Eucaristia, acentuadas principalmente no século XI pelo teólogo francês Beranger de Tours e por movimentos heréticos como os dos cátaros, valdenses e albingenses, que negavam essa presença real de Cristo na hóstia sagrada.
          A reação popular não se fez esperar. Em Liége, na Bélgica, por insistência de uma religiosa agostiniana, Santa Juliana de Mont Cornillon (1192-1258), foi realizada a primeira procissão eucarística em 1230, no interior da igreja de Saint Martin. Em 1247, a festa ganhou caráter diocesano, com procissão pelas ruas de Liége.
         Em 1261, Jáques Pataleón de Troyes, antigo auxiliar do bispo de Liége, foi eleito papa, adotando o nome de Urbano IV. Conhecedor dessa manifestação religiosa, em 1264 estendeu a toda Igreja a festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
          Santo Tomás de Aquino compôs os principais hinos da festa, como o Tantum ergo (Tão sublime sacramento), utilizado nas bênçãos com o Santíssimo até os dias de hoje. Em 1317, o Papa João XXII deu caráter obrigatório à procissão pelas vias públicas e a solenidade passou a ser realizada no mundo inteiro.



        

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