"O
livro mais importante não é a bíblia, mas a vida” (Santo Agostinho).
"Cada
pessoa é uma palavra ambulante de Deus para os outros. A bíblia não foi feita
para substituir a vida, mas para ajudar a entender a vida", segundo o
biblista frei Carlos Mesters.
O
maior salmo da bíblia, o 119, traz no versículo 105, que “a Palavra de Deus é
lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos”. A bíblia é meio, e
não fim. Serve para indicar o caminho, não para substituir o caminho.
São
Paulo, na segunda carta a Timóteo, escreve que
“toda Escritura é
inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir,
para educar conforme a justiça. Assim, a pessoa que é de Deus estará capacitada
e bem preparada para toda boa obra” (3,16-17).
Tenho dito nos cursos populares sobre o estudo da bíblia, que precisamos
algumas coisas para nos aprofundarmos e conhecermos melhor esta palavra.
Primeiramente precisamos de uma boa tradução da bíblia. E conhecer o
livro que temos nas mãos. De nada adianta termos um bom aparelho eletrônico,
como um celular, e não sabermos usá-lo e não sabermos os recursos que ele tem.
Assim, precisamos ter uma boa edição e boa tradução. Antes de ler um
texto ou estudar um livro, devemos ler as introduções dos livros, introdução ao
Antigo e ao Novo Testamento, procurarmos ver os recursos que a edição que temos
na mão nos dá. Olhar os mapas, a linha do tempo, os índices. Cada tradução tem
uma proposta. E depois que começou a ler um texto, não deixe de conferir as
explicações que estão no rodapé. Elas nos ajudam e muito. Foram escritas por
especialistas para nos orientar.
Mas então algumas bíblias são melhores que as outras? A resposta é:
depende. Todas elas trazem a Palavra de Deus. O que muda é tradução – algumas
são com palavras muito difíceis, outras estão muito desatualizadas, e ainda
outras não trazem os recursos necessários. Pessoalmente, para o nosso dia a dia,
na catequese, na liturgia, nos grupos de oração, na leitura orante e diária,
prefiro textos acessíveis e práticos, como são as traduções da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e as duas edições da Paulus: Bíblia
Pastoral e a Nova Bíblia Pastoral.
Para quem quiser um texto de estudo, é indicada a Bíblia de Jerusalém e
a Bíblia do Peregrino. São edições mais caras, pois contêm muitos textos para
estudo. Mas são um ótimo instrumento para todos.
Outro passo é criarmos o hábito da leitura, Frequentarmos, assiduamente,
a bíblia. E lembrar que ela é uma Palavra escrita para a comunidade, e não algo
individual. Não fazermos uma leitura intimista ou fundamentalista. Somos o povo
de Deus e a bíblia é a palavra, a história e a caminhada deste povo.
E não forçar a bíblia, querendo que ela diga o que nós queremos que ela
diga. Deixar que Deus fale, que Ele nos conduza e oriente. Como diz Jesus:
“Quem tem ouvidos, que ouça!”
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