terça-feira, 3 de outubro de 2017

300 anos de bênçãos e graças


            “Quero lembrar os fatos que aconteceram naquele dia, quando por entre as redes, aquela imagem aparecia. Vendo surgir das águas a tosca imagem de negra cor, agradeceram todos à mãe de cristo por tanto amor.” (Padre Zezinho)
            Com a festa dos 300 anos de Aparecida, está encerrando o Ano Nacional Mariano. Ano que nos fez ver mais de perto e cantar juntos as graças que foram alcançadas e as bênçãos derramadas sobre seus devotos e sobre a nação brasileira.
          Torno a lembrar os fatos que agora tocam a tanta gente; esta senhora humilde, de cor morena, se fez presente uma nação, aonde imperava a mancha da escravidão. Nossa Senhora escura nos diz que o cristo nos quer irmãos.”
             A manifestação simbólica e real de Maria ao longo da história vem confirmar a predileção da mãe pelos seus filhos pequenos e mais sofridos. No México, quando os colonizadores espanhóis estavam dizimando os povos daquela região, ele aparece morena, da cor do povo indígena que habitava aquela terra, como sendo a Senhora de Guadalupe, a mãe que vem em socorro dos pequenos e fracos.
            No Brasil do século dezoito, quando a escravidão africana era mais cruel e intensa, ela surge das águas, qual a pesca milagrosa do evangelho, negra, assumindo a negritude e se colocando ao lado dos excluídos e machucados de toda dignidade. Veio trazer vida e dignidade, colocando-se silenciosamente ao lado dos pequenos. Sua imagem fala e foi um grito de liberdade contra todas as escravidões e opressões.
         “Hoje, que eu vejo gente voltar contente de Aparecida, penso na minha Igreja com os pequenos comprometida. Penso nas diferenças que ainda ferem o meu país, peço que a mãe do Cristo conduza o povo ao final feliz.”

             O cântico do Magnificat resume toda a atuação de Deus na história da humanidade. E coloca a “bendita entre as mulheres” como sendo a porta-voz do Deus que olha para “a pequenez de sua serva” e para o sofrimento do seu povo, de ontem e de hoje também. E renova a esperança dos pequenos, que “derruba dos tronos os poderosos e eleva os humildes, sacia de bens os famintos e despede os ricos sem nada”.



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